quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sociedade de risco


Desastres acendem sinal de alerta no governo federal e impõem um novo modelo de desenvolvimento urbano, que busca minimizar efeitos de eventos climáticos extremos...

O aumento da frequência e intensidade dos eventos climáticos extremos nas zonas urbanas dos países em desenvolvimento elevou o patamar do debate público mundial sobre as catástrofes.

As alterações da dinâmica do clima atribuídas à ação do homem, somadas à urbanização crescente e desordenada, são apontadas como as causas principais da dilatação do cenário de riscos naturais aos quais a sociedade moderna está exposta. Conhecer, portanto, a dimensão das vulnerabilidades dos assentamentos humanos tornou-se passo fundamental para a adoção de medidas mais abrangentes e efetivas de prevenção e redução dos danos socioeconômicos e ambientais causados por essas adversidades.

No Brasil, desastres como os escorregamentos de terra na região serrana do Rio de Janeiro e as enchentes que atingiram a região Nordeste, para citar os mais recentes, ocorridos no início deste ano, acenderam o sinal de alerta no governo federal, que mobilizou três importantes ministérios – Integração Nacional, Cidades e Ciência e Tecnologia – para tratar desse assunto considerado uma das prioridades da Presidência da República.

Bilhões de reais estão sendo direcionados a obras e ações de correção, prevenção e reordenamento urbano. O objetivo é minimizar o impacto dos desastres, e também reduzir o crescente volume anual de recursos despendidos na resposta a esses acontecimentos e, posteriormente, na reconstrução das áreas afetadas por deslizamentos de terra, inundações, alagamentos, estiagens, erosões, vendavais e outros fenômenos da natureza agravados pela atividade humana no ambiente.

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), cada dólar investido em prevenção poupa sete dólares gastos em reconstrução. Durante a 3ª Sessão da Plataforma Global para a Redução de Riscos de Desastres, realizada entre 9 e 13 de maio deste ano, em Genebra, na Suíça, ficou claro para os 2,3 mil representantes de 175 países e membros de organizações não-governamentais, incluindo deputados brasileiros membros da Comissão Especial de Medidas Preventivas e Saneadoras diante de Catástrofes Climáticas, que a demanda exige esforços de todas as esferas da administração pública.

Revista Desafios do Desenvolvimento - edição 68

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