Futebol europeu gasta cada vez mais com salário de jogador
Os times de futebol europeu parecem imunes à crise econômica que
atormenta a região. Os gastos com salários de jogadores não param de
aumentar, mostram dados da consultoria Deloitte publicados no site da
revista The Economist.
Somente no campeonato inglês, a remuneração dos atletas superou 1,75
bilhão de euros (R$ 4,4 bilhões, pela cotação atual) na temporada
2010/11. Esse valor é 17% maior do que nos jogos de 2007/08, antes da
crise, quando os ganhos dos jogadores somaram 1,5 bilhão de euros (R$
3,7 bilhões).
Entre os cinco principais campeonatos nacionais da Europa, apenas no
italiano os clubes reduziram gastos com o salário de suas estrelas na
temporada 2010/11. No francês, esse orçamento ficou praticamente
inalterado, na comparação com a temporada anterior. Nos campeonatos
inglês, espanhol e alemão essas despesas não pararam de aumentar.
O jogador e o técnico mais bem pagos da Europa – e do mundo – estão
na Espanha, país que disputa com a Grécia o título de maior fonte de
preocupação dos investidores internacionais. Lionel Messi ganhou 33
milhões de euros no ano passado jogando pelo Barcelona, segundo a
revista France Football, enquanto José Mourinho recebeu 10 milhões de euros para comandar o Real Madrid, de acordo com o site Football Finance.
Isso não quer dizer que esses clubes sejam irresponsáveis ou que
estejam contribuindo para o país afundar de uma vez na crise. Ao
contrário, se olharmos para as receitas dos dois times mais ricos da
Espanha, divulgadas em fevereiro pela mesma Deloitte, veremos que elas
também sobem continuamente, ignorando a turbulência dos mercados
financeiros (saiba mais).
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