O Instituto Nacional de Assistência à Saúde e à Educação (Inase), nova Organização Social responsável pelo cogerenciamento do Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, iniciou suas atividades na última segunda-feira (29), dando continuidade ao trabalho já realizado na unidade de saúde. Em reuniões com as equipes locais, a direção do Inase já verificou mudanças que deverão ser implementadas visando à excelência no atendimento: implantação de novos serviços, além de cursos e treinamentos para aprimorar a capacitação das equipes.
“Temos conversado com os profissionais de diferentes setores. É importante esse contato com a equipe de enfermagem, médica, auxiliares de serviços gerais, recepcionistas. Ouvir os profissionais, saber como é o funcionamento no dia a dia e, especialmente, esclarecer que o Inase veio somar esforços, trabalhar em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde sempre buscando a excelência no atendimento”, explica o diretor do Inase, José Carlos Pitangueira.
Todos os profissionais que atuam no Hospital da Mulher foram mantidos. O quadro funcional da unidade de saúde é composto atualmente por cerca de 260 funcionários. A direção do Inase pretende implantar um sistema de educação continuada, permitindo aos profissionais realizar cursos e treinamentos, para que possam aprimorar cada vez mais a qualidade no atendimento.
A direção do Inase também apresentará à Secretaria de Estado de Saúde projeto de implantação de um setor de regulação médica, responsável pela organização de transferências hospitalares. Outra medida visando à melhoria do serviço oferecido será a criação de um ambulatório de pré-natal de alto risco. Atualmente, o Hospital da Mulher é responsável pelo parto e pós-parto das gestantes de alto risco. A intenção do Inase é realizar também o pré-natal, garantindo o acompanhamento integral de todas as etapas da gestação de alto risco.
Atendimentos
Durante o primeiro dia da nova administração, os atendimentos feitos incluíram a realização de partos normais e cesáreos, cirurgias eletivas ginecológicas de histerectomia e perineoplastia, internações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e neonatal, totalizando 25 pacientes atendidos.
O perfil do Hospital da Mulher é de atendimentos de casos de média e alta complexidade. Com relação às escalas de plantões, a nova Organização Social já está realizando a escala de todo o mês de novembro, garantido assim que, diariamente, o atendimento seja composto por uma equipe de profissionais multidisciplinar, incluindo neonatologistas, ginecologistas e obstetras, pediatras, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais e nutricionistas.
Margarida da Silva, de 46 anos, agricultora do município de Apodi, retornou na tarde dessa terça-feira (30) ao Hospital da Mulher depois de ter realizado uma cirurgia de histerectomia há duas semanas. De acordo com ela, o atendimento recebido não teve alteração. "Fiquei muito satisfeita com o atendimento, tanto da primeira vez como agora. No meu retorno, me consultei novamente com o mesmo médico que me operou", conta.
A unidade hospitalar possui toda a estrutura para o atendimento de situações de alto risco para a mãe e para o recém-nascido, contando com dois centros cirúrgicos, quartos de concepção moderna e humanizadas; os PPPs (pré-parto, parto e pós-parto), Unidade de Terapia Intensiva Neonatal com capacidade para oito leitos, UTI adulto com nove leitos, Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais com sete leitos, setores de acolhimento, alojamentos conjuntos, totalizando 62 leitos em todo o hospital. O objetivo do Hospital da Mulher é oferecer serviços de urgência obstétrica e ginecológica 24h.
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