sexta-feira, 26 de abril de 2013

rn: ferrovia e fábrica de barrilha



Economista da entidade considera que projetos serão importantes para viabilizar infraestrutura e desenvolvimento econômico
Por Moisés de Lima
Governo pretende resgatar a fábrica para produção de barrilha em Macau (Foto: Prefeitura de Macau)
A Federação das Indústrias do RN (Fiern) considera que os projetos de construção de uma ferrovia para ligar Natal a Mossoró e de uma fábrica de barrilha com polo químico nas regiões produtoras dependem de investimentos externos realizados por empresas que tenham experiência no setor. A assessoria econômica da entidade avalia que o Estado terá que atrair corporações internacionais ou do Sudeste brasileiro.
As duas ideias serão apresentados pelo governo estadual na próxima terça-feira (30) na cidade de Dubai, nos Emirados Árabes, quando ministros, governadores e secretários de Estado participam de rodadas de negócio na terceira edição do Annual Investment Meeting (AIM), evento que acontece entre 30 de abril e 3 de maio para apresentar oportunidades a investidores internacionais.
Para Sandra Cavalcanti, gerente da Unidade de Economia e Estatística da FIern, a implantação da ferrovia entre as duas cidade será uma grande alavanca para dotar o estado de uma infraestrutura necessária ao transporte de produtos produzidos no RN, “ O estado precisa escoar mercadorias, pois Mossoró sempre foi um polo exportador de produtos como calcário, sal marinho, frutas e cerâmica”, destaca a economista.
Ela destaca que no passado, o Rio Grande do Norte tinha duas linhas ferroviárias destinada ao transporte de mercadorias: Natal –Macau e Mossoró-Souza que foram desativadas paulatinamente por ações governamentais.
Sandra explica o mercado consumidor interno do RN é muito pequeno para atrair grandes corporações. “A presença de uma ferrovia seria um fator de atração para que elas aqui se instalassem, produzissem e vendessem para fora” ,
Barrilha
Sobre o resgate da fábrica de barrilha, onde um dia funcionou a Alcanorte em Macau, a economista opina que se faz necessária uma avaliação apurada da tecnologia que deverá ser empregada para a reativação do empreendimento. “É preciso verificar qual o investimento tecnológico e o custo da energia que será empregada para a produção de barrilha”, avalia.
Todavia, Sandra Cavalcanti afirma que a fábrica seria uma grande oportunidade para agregar valor para produção, absorção de mão de obra qualificada e a possibilidade de alavancar o crescimento da economia local. “Temos apenas que verificar se a tecnologia empregada ainda está atualizada”, finaliza.
A verdade é que os dois projetos, apesar de importantes para o RN, não são atrativos para investidores privados. O transporte ferroviário no Brasil nunca foi prioridade e, por isso mesmo, apenas engatinha e a fábrica de barrilha em Macau faz tempo que virou sucata...

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