O Setor de Contabilidade da prefeitura
publicou o RREO - Relatório Resumido de Execução Orçamentária do 3º bimestre
(maio-junho), referente ao período janeiro-junho de 2014.
A estimativa inicial de receitas no orçamento aprovado para o exercício foi de
R$ 31.540.500,00.
A receita realizada até junho foi de
R$ 6.798.929,68.
Ou seja, em seis
meses, arrecadou-se pouco mais de 20% do que foi previsto e tal aspecto sugere
um erro na estimativa das receitas e que serve, indiretamente, para facilitar o
remanejamento de recursos por parte do Executivo.
Persistindo o ritmo de
arrecadação, no final do exercício, menos da metade da previsão de receita terá
sido realizada. É uma diferença muito significativa e acredito que a contabilidade
do município e os vereadores que aprovam as leis orçamentárias estejam atentos
para corrigirem tal equívoco no próximo orçamento.
Outros destaques
A prefeitura terminou
o primeiro semestre com quase dois milhões em caixa, ou mais precisamente com
R$ 1.803.844,37 (superávit orçamentário).
Usou apenas 68,28%
dos recursos do FUNDEB para pagamento de salários aos professores, portanto,
apresentando boa margem para implantar o Piso Salarial dos Professores (digo:
se fosse esse o desejo do gestor, mas já ficou claro que não é).
Destaca-se ainda que foi aplicado apenas 20,25%
das receitas em educação, quando a indicação é que se aplique 25%. Assim, caso
o percentual aplicado em educação fosse de 25% das receitas, observar-se-ia que
o percentual de 68,28% para pagamento de salários não seria atingindo.
Já a área da saúde tem recebido maior atenção da
gestão, ao menos em relação ao montante de recursos repassados para a pasta. O percentual
mínimo de receitas que deve ser aplicado na saúde é de 15%, mas até junho foi
aplicado 26,84%.
A prioridade dada a saúde é clara.
Pelo que se observa o comprometimento de receitas em relação a folha de pagamento não é proveniente dos desembolsos com os salários dos professores (é provável que representem algo em torno de 10% da folha total), mas, provavelmente, devido aos pagamentos dos inúmeros contratos temporários, funções gratificadas e comissionados.
Seria a "porta larga" o grande problema da folha de pagamento da prefeitura?
Caso as autoridades municipais queiram apresentar informações adicionais ou confrontar os argumentos, assegura-se o mesmo espaço e destaque.
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