quarta-feira, 27 de maio de 2015

o que é um líder?

Afinal, o que é um líder?
Existem aqueles que acreditam serem portadores de alguma preferência divina e que, portanto, seriam capazes de conduzir seus seguidores a uma condição melhor do que teriam sem a sua existência iluminadora. Encaixam-se nesse arquétipo os líderes messiânicos e uma longa lista de lunáticos (alguns muito perigosos, por sinal). A rigor, correndo-se o risco de uma simplificação exagerada, precisa-se de alguém com elevada percepção de oportunidade e de uma turba sem muita noção da realidade e sem esperança quanto ao futuro.

Existem aqueles que se destacam no mundo corporativo por sua enorme capacidade para o trabalho. São chamados de workaholics por serem entusiastas pelo trabalho. Este tipo de gente exerce sua liderança porque outros o enxerga como capaz de realizações que diminuirá os sacrifícios e ampliará a felicidade daqueles que o escolheram. É na verdade um burro de carga que não reconhece sua condição e aceita resignado a sua missão. A rigor só precisa de gente com sabedoria suficiente para escolher bem o burro de carga.

E o líder político? Ah... Essa categoria (com perdão da má palavra) é repleta de espécimes. São muitos os tipos, inclusive híbridos (mistura de características). Mas, pretende-se classificá-los em dois grandes grupos: os que têm e aqueles que almejam um mandato. Não nos ocuparemos deste segundo grupo, pois estão “gozando” férias compulsórias concedidas pela plebe.

Os que estão no exercício da liderança têm dificuldades em compreender que ESTÃO e não SÃO a personificação do poder, como alguns bajuladores querem se fazer acreditar. E como muitos acreditam realmente ser. O líder egocêntrico acredita que tudo ocorre em função de sua existência.

Alguns até tentam passar a impressão que realmente agem movidos por elevado espírito público (seja lá o que essa expressão vazia signifique), mas são traídos pela sua própria arrogância. A todo o momento sentem necessidade em amedrontar aqueles que o cercam, tem dificuldades em elogiar e, sobretudo, ojeriza a quem pensa. A sobrevivência desse tipo depende, essencialmente, da capacidade de comunicação: camuflar sua verdadeira índole e mostrar os “desvios morais dos outros”.

Quanto mais o líder se aproxima dos bajuladores e passa a acreditar que é capaz de tudo, que é invencível, que sabe para aonde conduzir “seu povo” mais estará se aproximando do seu ocaso.

Evidentemente perde a noção do quão ridículo se tornou e quando a carapuça cai sobrevém o ostracismo.


Liderança se exerce com sabedoria


A chave para o pleno exercício da liderança é enxergar além da manifestação aparente e compreender com objetividade a essência dos acontecimentos. E não se pense que buscar a verdade seja algo fácil e, em muitos casos, nem sempre se deseja realmente isso no ambiente político.

A pantomima predomina. Ao invés de desvelar a essência dos fatos, subverte-se a lógica e, tenciona-se que o “bom político” seja exatamente aquele que consegue distender o conceito de “verdade” até o limite em que a versão predomina em relação ao fato.

Repita-se uma mentira tantas vezes até convencer aquele que a inventou de que se trata de uma “verdade”, eis a técnica de Joseph Goebbels utilizada para fazer propaganda do nazismo e que tem recebido aplicações bastante eficientes na politicagem tupiniquim.

A corruptela do paradoxo utilitarista proposto por Mill, serve-nos para afirmar que: o líder terá sucesso ou não a partir, principalmente, de sua capacidade de discernimento.

Para refletir...

A diferença entre um sábio e um tolo é que o segundo conhece apenas o seu próprio lado da questão. A outra parte da comparação conhece ambos os lados.

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