terça-feira, 12 de maio de 2015

RN SEM FUTURO...


Por Carlos Duarte
Na última semana, o IBGE divulgou a taxa de desemprego no Brasil, por região, e o resultado apontou o aumento de desempregados em todo o país. Isso já era esperado pelos economistas. A ‘novidade’ se deu por conta que o Rio Grande do Norte assumiu a lanterna do ranking com uma taxa de desemprego de 11,5% – bem acima da média da região Nordeste, que obteve a maior taxa regional (9,6%), e da média da região Sul, que ficou com o menor índice (5,1%).
Para quem acompanha a evolução desse estudo, não ver com surpresa o pífio desempenho do RN, que, há anos, vem perseguindo o último lugar do ranking, alternando-se sempre entre a segunda e terceira piores posições.
Esse resultado do estado potiguar não é um fato isolado e, também, não deve ser simplesmente atribuído ao atual e péssimo cenário da economia nacional.
Trata-se de uma corrosão contínua patrocinada por sucessivas gestões incompetentes, irresponsáveis, corruptas e impregnadas de vícios políticos que travam o progresso, o desenvolvimento e o crescimento de qualquer economia.
O Rio Grande do Norte, por suas potencialidades (petróleo, gás, calcário, minérios, fruticultura, agricultura, sal marinho, turismo, pescado, entre outras) não merece ser governado por essa casta de maus políticos e gestores públicos que, há décadas, se alternam nos poderes constituídos com o objetivo explícito e prioritário de retroalimentarem o círculo vicioso que os perpetuam.
O passado não recomenda e o Estado é sem futuro, se considerarmos que não existe um planejamento plurianual para o desenvolvimento integrado da economia, que possa dar uma dinâmica própria para reversão do atual status no ranking dos indicadores socioeconômicos. Não se deve apenas esperar pela possível melhora da conjuntura nacional, pois os fundamentos micro e macroeconômicos indicam que o atual cenário da crise prevê grandes dificuldades por longo tempo.
Enquanto isso, a situação do RN tende a piorar se não houver urgentemente uma ação efetiva por parte do Governo do Estado no sentido de minimizar seus efeitos.
O que se ver é exatamente o contrário: o governo Robinson Faria, apesar da boa vontade, continua com o pires na mão, sacando dinheiro do fundo previdenciário para completar a folha de pagamento; e as soluções para os problemas que se apresentam são paliativas, pontuais, e sem sustentabilidade em qualquer área de atuação (saúde, educação, segurança, mobilidade…).
Não se enxerga luz ao fim do túnel. Aliás, esse túnel sequer tem luz, pois, há muito tempo, seu caminho é obscuro e sem destino. Pelo que se percebe, até agora, o novo condutor dos norte- rio-grandenses também está levando o seu povo a outro voo cego.
Chega de aventuras. A sociedade anseia por ver o seu caminho iluminado pelo brilhantismo empreendedor de seus governantes.
Carlos Duarte é economista, consultor Ambiental e de Negócios, além de ex-editor e diretor do jornal Página Certa

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