quinta-feira, 4 de junho de 2015

Inteligência artificial a serviço da ciência

Ilustração
Modelo de sistema de regeneração da planária criado por inteligência artificial.(Levin et al./Divulgação)
Usado amplamente em pesquisas de medicina regenerativa, o modelo de regeneração da planária desafiava a ciência. Os pesquisadores não sabiam como, após cortes e fissuras, o verme consegue reconstruir órgãos, tecidos e mesmos sistemas biológicos inteiros. Habilidade que poderia ajudar os cientistas no processo de regenerar células para restaurar funções do corpo humano. Pela primeira vez, biólogos da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, criaram uma simulação em computador desse complexo mecanismo. Reunindo dados científicos de todas as publicações sobre o assunto, desenvolveram um algoritmo capaz de prever, com muita precisão, os resultados das experiências em laboratório sobre a regeneração da planária. A inteligência artificial ajudou a elucidar o difícil enigma oferecido pela planária. Algo que a mente humana, sozinha, não decifrava.
Apesar dos recentes avanços da bioinformática, era necessário criar um modelo desse tipo, já que as observações em laboratórios não eram suficientes para entender a dinâmica da regeneração da espécie. O estudo, feito pelo pesquisador Daniel Lobo e pelo professor Michael Levin, ambos do departamento de biologia da universidade, foi publicado hoje (dia 4) no periódico Plos Computational Biology.
"Nosso objetivo foi identificar o software que poderia explicar esse processo para que os resultados coincidissem com os dados já publicados", declarou Lobo. O modelo criado pelos cientistas facilita a observação da regeneração da planária em computador.
Inteligência artificial a serviço da ciência - Para os pesquisadores, o estudo mostra que a inteligência artificial pode ajudar muito os cientistas. "Um dos aspectos mais notáveis ​​foi que o modelo encontrado pela máquina pode ser compreendido com facilidade. Essa descoberta sugere que a inteligência artificial pode ajudar em todos os aspectos da ciência", diz Lobo.
VEJA.com

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