São recorrentes as notícias
de financiamentos generosos concedidos pelo BNDES para a realização de obras no
exterior, em especial, países da África e países da América Latina.
As operações realizadas em
benefícios dos países obtêm condições especiais e taxas de juros menores das praticadas
no Brasil.
O Tesouro capta recursos
pagando SELIC e repassa ao BNDES que empresta a taxas menores (TJLP), no caso,
para realização de obras no exterior. O banco não perde dinheiro por que o
Tesouro paga a diferença das taxas de juros, através da equalização das taxas.
Assim, subsidiamos obras no
exterior a pretexto de incentivar a exportação de serviços e alguns
equipamentos utilizados em tais empreendimentos.
Que empresas brasileiras se
beneficiaram com as operações do BNDES? Empreiteiras, principalmente, a Odebrecht.
Desde 2007 o BNDES já
emprestou US$ 12 bilhões em 516 contratos, destacando-se: Angola (cerca de US$
3,5 bi), Venezuela (US$ 2,25 bi) e República Dominicana (US$ 2,2 bi).
Não restam dúvidas que o
Brasil carece de investimentos em infraestrutura.
Apenas alguns exemplos:
No RN existem alguns parques
eólicos concluídos e que não entregam a energia produzida pela falta de linhas
de transmissões. É importante reconhecer que os projetos relacionados ao setor
energético, em especial, os projetos dos parques eólicos receberam
financiamentos do BNDES (cerca de R$ 4,1 bi).
O BNDES emprestou US$ 656
milhões para erguer a Termelétrica Punta Calina na República Dominicana.
O Terminal Pesqueiro de Natal
está com a obra paralisada desde 2011 por falta de recursos. O BNDES emprestou
US$ 682 milhões para erguer o Porto Mariel em Cuba.
O Aeroporto de São Gonçalo
do Amarante está sem os acessos concluídos e vai perder o hub da TAM
(investimento muito importante para a economia potiguar). Também não tem
perspectiva de construir uma ferrovia ligando o aeroporto a capital. Reconheça-se
que o BNDES financiou o Aeroporto (quase R$ 330 milhões).
O BNDES emprestou US$ 280
milhões para construir a Rodovia Centro-Americana na Guatemala.
Os projetos de irrigação no
RN estão em risco (baixo Açu, Apodi, Pau dos Ferros), além da evidente crise
hídrica e do risco de desabastecimento para milhares de potiguares.
Quase todas as obras hídricas
estão paralisadas ou num ritmo inadequado pela exiguidade de recursos (barragens
de Oiticica, Poço de Varas, Umari; adutoras do Alto Oeste, Currais Novos;
assoreamento de todos os reservatórios; fora da transposição do São Francisco).
O BNDES emprestou US$ 137 milhões para o Projeto de irrigação Trasvase Daule-Vinces
no Equador e emprestou US$ 320 milhões para construir a Barragem Moamba-Major
em Moçambique.
Em tempo: valores desembolsados pelo BNDES em operações diretas com o governo do RN: cerca de R$ 336 milhões. Como fica evidente nas operações realizadas pelo banco com governos estrangeiros, em dólares, perdemos feio para qualquer um deles.
Em tempo: valores desembolsados pelo BNDES em operações diretas com o governo do RN: cerca de R$ 336 milhões. Como fica evidente nas operações realizadas pelo banco com governos estrangeiros, em dólares, perdemos feio para qualquer um deles.
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