quarta-feira, 5 de agosto de 2015

deputado detido em blitz vai processar agentes da prf

O delegado de Caicó Helder Carvalhal concluiu que o deputado estadual Carlos Augusto Maia (PTdoB) não desacatou os policiais rodoviários federais que o abordaram durante uma blitz no último sábado (1º). 

O despacho do delegado foi encaminhado para a Polícia Federal, Ministério Público Federal, e ainda para a superintendência da PRF e para a presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

"(...) Não consegui enxergar o desacato e resistência. (...) Não vi excesso por parte do deputado”, diz o delegado em seu despacho. Em contato com o G1, Helder Carvalhal explicou que analisou o vídeo feito pelos policiais rodoviários federais e ainda ouviu depoimentos do envolvidos para concluir que não houve desacato.

Segundo ele, o deputado apenas questionou porque os policiais estavam gravando a abordagem. 
"A análise que eu fiz de todo o quadro - das imagens que eu vi e declarações que eu ouvi - é de que ele não estava exaltado, não houve xingamentos, não houve agressão", disse o delegado.
A Polícia Rodoviária Federal do Rio Grande do Norte afirmou que a declaração do delegado causou estranheza à instituição "tendo em vista que ele não é a autoridade competente para atuar no caso e o papel dele seria apenas o de colher informações para subsidiar as instituições competentes, no caso a Polícia Federal e o Ministério Público Federal".
A PRF afirmou ainda que há uma determinação do Ministério Público Federal para que todas as ações dos policiais rodoviários federais sejam filmadas para não deixar dúvidas acerca dos procedimentos dos policiais. 
"O celular é um instrumento de trabalho dos policiais rodoviários federais. Esses smartphones foram, inclusive, comprados pela instituição", informou. 
A assessoria da PRF informou ainda que foi instaurado um procedimento administrativo na corregedoria para apurar os fatos.
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Segundo Carlos Augusto Maia, a abordagem policial começou de maneira comum, com os policiais solicitando  a habilitação do motorista do carro e o documento do automóvel em que estava o deputado e mais quatro pessoas, após festa na cidade. 

De acordo com o parlamentar, o motorista apresentou a habilitação, mas o documento do carro não havia sido encontrado. Foi quando o parlamentar desembarcou do veículo e encontrou o documento ao lado do banco do carona.

Ainda na versão do parlamentar, após entregar o documento, ele se incomodou com uma filmagem que estava sendo realizada por um inspetor da PRF e foi quando teve início o impasse entre o parlamentar e os inspetores. A filmagem, inclusive, foi exibida durante o pronunciamento.

Nas imagens, produzidas pela própria PRF, o deputado aparece questionando o inspetor que filmava a operação. O deputado, que afirma não ter se identificado como deputado estadual, disse que não autorizava o vídeo e recebeu como resposta do inspetor que ele não precisava autorizar.
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O deputado decidiu processar os inspetores da PRF. O deputado vai acessar a Justiça com a filmagem produzida pela PRF.

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PRF NÃO DEVE FILMAR OCORRÊNCIAS EM QUE "EXCELÊNCIAS" ESTIVEREM ENVOLVIDAS. É ISSO? OU: TODA AÇÃO E/OU REAÇÃO INAPROPRIADA TEM DESDOBRAMENTOS, NÉ DEPUTADO?


Atualizando... Deputado desistiu, por enquanto, de processar os patrulheiros da PRF (AQUI). Um pouco de prudência nunca fez mal a ninguém.

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