Atribui-se a frase: "Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou" ao político mineiro Magalhães Pinto.
A frase serve como uma luva para a cena política pauferrense.
O ex-prefeito, Leonardo Rêgo, entrou para valer na rinha política local quando se candidatou a prefeito em 2004. Foi considerado um grande azarão e recebeu o apelido de "menino".
Os políticos e militantes do grupo que comandavam a prefeitura na época utilizavam o termo de forma pejorativa. Procuravam evidenciar a juventude e a inexperiência do "menino" em contraponto a experiência administrativa da candidata do grupo situacionista, Maria Rêgo.
O apelido foi encampado pela militância de Leonardo e até hoje é sua marca registrada. Virou sinônimo de audácia e arrojo.
Essa era a "nuvem" da época: verde de um lado e vermelho do outro. Bacuraus versus Bicudos. Política radical que, em muitas circunstâncias, descambou para as ofensas pessoais e mágoas que jamais foram superadas.
Em 2006, a "nuvem" mudou e a campanha estadual aproximou Agripino e Alves. A trégua estadual também teve desdobramento em Pau dos Ferros e os grupos comandados por Leonardo e Maria Rêgo atuaram em prol dos líderes Zé Agripino e Garibaldi Alves.
A aproximação de 2006 resultou na aliança em 2008. A chapa Leonardo e Fabrício significou uma guinada inimaginável em relação ao quadro existente em 2004.
A "nuvem" de 2008 era: vermelho/verde de um lado e verde escuro do outro. Leonardo/Maria Rêgo (representada na chapa por seu filho, Fabrício Torquato) e Nilton Figueiredo na oposição.
A reeleição de Leonardo marcou o início de uma parceria administrativa entre prefeito e vice. Quem pode acompanhar a gestão mais de perto, certamente, testemunhou a afinidade administrativa e pessoal entre os dois.
Pode-se dizer que trabalharam juntos e se tornaram tão próximos que era comum se tratarem por "irmão". Foi uma campanha de quatro anos e o resultado foi a eleição relativamente tranquila da chapa Fabrício e Zélia Leite.
A "nuvem", pós eleição de 2012 era: Leonardo como a grande liderança pauferrense com um futuro bastante promissor e bem maior que a administração local; Fabrício como a liderança emergente local e legítimo herdeiro do clã Torquato; e uma oposição comandada por Nilton Figueiredo, mas extremamente fragilizada.
A pacificação entre os líderes não ocorreu entre todos e a convivência foi deixando cada vez mais nítida a existência de dois grupos dentro da administração. "Leonardistas" e "Fabricistas" se toleraram, mas as arengas jamais cessaram totalmente.
A "troca de guarda" foi desastrosa. A ascensão natural dos "Fabricistas" aos postos de maior relevo na administração não foi digerida, nem bem conduzida. A tolerância foi diminuindo e as arengas se converteram em inimizades.
A relação foi se desgastando e a atuação de alguns "Espíritos Obsessores" selou o destino. Ficou faltando apenas um pretexto e ele veio em 2014.
Parece um feitiço do destino: em 2006 a eleição estadual juntou e, em 2014, esfacelou a aliança. A ruptura dos "irmãos" se apresenta, por atos e boatos, como bastante ruidosa e prenuncia uma campanha radicalizada e com grande possibilidade de descambar para arengas e intrigas pessoais.
Nuvens negras para 2016? A carregação é grande e já é dado como certo que muitas denúncias e dossiês aparecerão no horizonte.
"Leonardistas" e "Fabricistas" já se engalfinham nas redes sociais.
“O homem é o homem e suas circunstâncias” (José Ortega y Gasset)
Engraçado é ver as brigas nos blogs, como eles não tem o menor compromisso com a informação e sim com quem paga mais, um posta a foto do prédio onde aconteceu a festa de Leonardo vazio e diz que não apareceu ninguém e outro vai lá e posta uma foto da multidão. E onde fica o comprometimento com a informação? Cadê a responsabilidade com o que está sendo escrito? Por isso que as notícias estão cada vez mais desacreditas, são poucos blogs que valem a pena ler. Este é um dos blogs em que o comprometimento é com a informação e não com o dinheiro do patrocinador.
ResponderExcluirDanilo Max
Viçosa-RN