hub da Latam: governador Robinson Faria diz que não permitirá ‘interferência arbitrária’ do governo federal

O governador Robinson Faria utilizou sua conta pessoal no Facebook para afirmar que não permitirá ‘interferência arbitrária’ do governo federal na disputa que Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte travam pelo hub da Latam. 

Nos últimos dias, CE e PE anunciaram que a presidente Dilma Rousseff beneficiou seus aeroportos com a concessão de área militar, com vistas à expansão dos terminais.

“Do Governo Federal esperamos tratamento igualitário com a liberação de recursos para obras importantes no RN. Não vamos permitir interferências arbitrárias nesse processo. Mesmo por que a TAM é uma empresa privada que preza por sua independência e pelo retorno comercial de seus investimentos”, postou o governador, que anexou ao texto o status de ‘se sentindo otimista’.

Robinson destacou ainda que está acompanhando pessoalmente as tratativas para a instalação do centro de conexões de voo e afirmou que o Estado é o favorito da disputa.

“O RN é o favorito na disputa por reunir as melhores condições técnicas para o desenvolvimento das atividades. Somos produtores de querosene de aviação, possuímos o melhor aeroporto com áreas disponíveis para ampliação, oferecemos reduções tributárias e a melhor posição geográfica”, postou o chefe do Executivo, dizendo ainda estar vigilante.

“Se tem uma coisa que jamais poderão atribuir ao nosso Governo é o desperdício de oportunidades. Estamos vigilantes e agindo estrategicamente para alcançar grandes voos”, concluiu o governador.

Reunião

A presidente da TAM, Cláudia Sender, convocou os governadores do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará para apresentar os relatórios técnicos de viabilidade do hub no próximo dia 17.

As reuniões serão em separado e nela serão apresentados os pontos positivos e negativos colhidos pelas consultorias Arup e Oxford Economics realizadas no mês de julho.

A TAM deverá anunciar a sede do hub até o final do ano e prevê investimento de R$ 4 bilhões e cerca de 10 mil empregos diretos.

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Dilma realmente não deveria beneficiar Pernambuco e Ceará, mas o favorecimento é visível e não é só a presidente que privilegia os concorrentes. O ministro da Defesa, diretores da ANAC e Infraero e quem mais os políticos de Ceará e Pernambuco desejarem...

A presidente da TAM vai dizer o que as consultorias encontraram e ouvir o que os governadores ainda poderão oferecer. Quem tiver mais cacife levará: dou-lhe uma, dou-lhe duas...

Imagina a situação do RN: o secretário de Planejamento diz não ter certeza se o governo pagará os salários dos servidores neste mês e o governador terá que dizer a presidente da TAM o que poderá oferecer a empresa.

Déjà vu RN!