terça-feira, 8 de setembro de 2015

operação candeeiro: O esquema milionário foi descoberto no âmbito do IDEMA

(p.132)
É imune a dúvidas a constatação de que havia, de fato, uma associação/organização criminosa atuando sorrateiramente no seio da contabilidade do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte – IDEMA, notadamente nos anos 2013 e 2014, firmada em laços surgidos em ambiente de trabalho.  

Mais um elo entre as operações Candeeiro e Dama de Espadas. O depoimento de alguém do grupo que fez delação premiada sobre pagamentos de imóveis adquiridos pelo diretor do IDEMA:

COLABORADOR - Alguns dos transportes de valores foram feitos por mim, pegava com o comprador e levava até o vendedor... Algumas unidades que foram compradas do seu Antônio foi paga (sic) dessa forma, por minha pessoa... outra pessoa que transportava valores para ele era a senhora Ana Paula, eventualmente era a secretária do escritório de advocacia que ele possuía, que ele trabalhava né, que tinha ali na Jaguarari... 
MPRN - É Ana Paula... Macedo Moura? 
COLABORADOR - Não sei te dizer o sobrenome dela. Só sei que é Ana Paula
MPRN - Era secretária...? 
COLABORADOR - Era secretária dele. 
MPRN - Do escritório na Jaguarari né? 
COLABORADOR - Isso.... Daí então, ele passou algum período, uns sessenta dias, sem comprar, e o único contato que eu tinha com ele era referente à administração desses imóveis. Eu alugava e repassava os valores da locação pra ele. Sempre em espécie. (p. 207 e p. 208)

O esquema milionário foi descoberto no âmbito do IDEMA
O Ministério Público do Rio Grande do Norte disponibilizou nesta terça-feira (8) arquivo com a peça de busca e apreensão de bens e documentos referentes à operação Candeeiro, desencadeada em 2 de setembro que descobriu esquema milionário no âmbito do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente - IDEMA, entre os anos de 2013 e 2014, através do qual uma refinada associação criminosa instalada na sua Unidade Instrumental de Finanças e Contabilidade, em comunhão de desígnios com o então Diretor Administrativo e com auxílio de terceiros estranhos ao órgão, utilizava-se de ofícios autorizadores de pagamento como forma de desviar recursos em benefício próprio ou de terceiros.
 
Segundo apurado até o presente momento, os valores desviados dos cofres do IDEMA em favor de tais empresas – com as quais o próprio órgão atualmente não reconhece qualquer espécie de contratação – contabilizam o montante de R$ 19.321.726,13, mais da metade advindos de conta oculta, aberta em março de 2013.
 

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