segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

NORDESTE EM CHAMAS

Os dados divulgados pelo INPE mostram que em 2015 acentuou-se o número de focos de queimadas em todos os estados do Nordeste. Na posição de 27.12.15, o total de queimadas nos nove estados do Nordeste (68.814) correspondia ao dobro de 2013, quando foram registrados 34.571 focos, e 46% a mais que em 2014.
Esse quadro é consequência da seca inclemente que a região enfrenta há quatro anos, da falta de estrutura de estados e municípios para combater os incêndios, da ganância e oportunismo de alguns produtores rurais, alguns dos quais provocam incêndios na vegetação para limpeza de áreas para cultivo, e da ausência de consciência ambiental.
De acordo com o serviço de monitoramento de queimadas do INPE, os estados do Maranhão, Bahia e Piauí são os campeões em matéria de incêndios. Pela sua magnitude e duração, algumas dessas ocorrências chegaram a ocupar as manchetes dos veículos de comunicação por dias seguidos. É o caso daqueles que consumiram boa parte da Chapada Diamantina, na Bahia, e de reservas indígenas no Oeste do Maranhão, reduzindo a cinzas milhares de hectares de vegetação nativa.
Nos municípios maranhenses e baianos os focos somaram 47,8 mil ante 33,5 mil em 2014. O estado do Maranhão, isoladamente, respondeu por 43% de todos os incêndios ocorridos no Nordeste, em 2015, até ontem. Foram 29.554 focos registrados contra 25.719 no mesmo intervalo do ano passado. No estado da Bahia eles totalizaram 18.297 ante 7.851 em 2014.
AGÊNCIA PRODETEC
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As queimadas contribuem para o processo de desertificação. 

A degradação ambiental avança, em todas as nuances possíveis, frente a apatia dos órgãos fiscalizadores.

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