As constantes fugas do Sistema Penitenciário Estadual vem suscitando alguns questionamentos, dentre os quais:
- O governo perdeu a capacidade de gerir o Sistema Penitenciário?
- A privatização seria a 'solução'?
O atual governo estabeleceu como prioridade administrativa a área da Segurança Pública. Dizia-se na campanha que o problema principal era a 'falta de gestão', assim, considerando a plausibilidade do diagnóstico é necessário concluir que o problema persiste e não é exagero dizer que a situação piorou.
O governo já enfrentou uma série de rebeliões, tornou-se rotina a execução de presos (inclusive com a produção de vídeos e fotos), as fugas são comuns e quase todos os dias detentos voltam as ruas sem maiores problemas, enfim, tem-se um rosário de notícias vexatórias para a cúpula da Segurança Pública do Estado.
O governo já esboçou algumas reações, como: solicitação da Guarda Nacional, troca do comando, declarações de efeito (o governador já disse que se sente pessoalmente afrontado com a situação) e até o deslocamento de uma comitiva para conhecer a situação na Colômbia (participaram até o governador e o PGJ), mas a coisa só piora.
A segunda questão é polêmica.
A gestão terceirizada (privada) do Sistema Penitenciário sempre ganha fôlego nos momentos mais delicados. A privatização já foi cogitada em outros governos e, segundo algumas fontes, existem figuras que têm acesso direto ao governador que seriam simpáticas a ideia.
O custo de manutenção do Sistema Penitenciário privatizado é maior do que o público e existem experiências mal sucedidas (talvez o Maranhão seja o caso mais visível), mas do jeito que se encontra não é aceitável.
Algumas autoridades afirmam que o governo já perdeu o controle da situação para as facções, os presídios são verdadeiras masmorras medievais em que os detentos são submetidos as piores condições possíveis e, também por isso, não cumprem a função de ressocialização.
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