sábado, 21 de maio de 2016

AGRICULTURA FAMILIAR E SINDICATOS DOS TRABALHADORES RURAIS

A AGRICULTURA FAMILIAR E SUA RELAÇÃO COM O SINDICATO DE TRABALHADORES RURAIS (UM ESTUDO DE CASO)

Valério Veríssimo de Souza Bastos [1]

Rosymeyre Paulino Ferreira [2]


RESUMO: A Preocupação central deste trabalho é tenta mostrar como ocorre a relação entre um grupo de agricultores familiares de uma comunidade rural localizada no interior do município de Solânea e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade. Contudo buscamos evidenciar como são construídas as “alternativas” geradas por estes dois segmentos com o intuito de amenizar os problemas enfrentados por ambos os segmentos.



Sabe-se que ao longo das décadas o STR vem se mostrando como o principal canal de reivindicação e promoção de iniciativas com a finalidade de amenizar alguns problemas dos trabalhadores familiares rurais, principalmente no que diz respeito à concessão de alguns direitos antes inexistentes, para esta grande parcela da população brasileira.

Neste artigo iremos analisar a relação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Solânea com a comunidade de Bom Sucesso. A proposta é tentar observar a capacidade e as alternativas que os agricultores familiares junto com o STR encontraram ou não de dar respostas às dificuldades encontradas por este segmento.

Trabalhos nos mostram que os agricultores familiares estão se confrontando com uma série de problemas: uns típicos da agricultura em geral e outros típicos da região. Alguns problemas apontados são: a baixa capitalização, dependência de mercados locais e regionais, enfraquecimento do solo e minufundização (fragmentação da propriedade). É importante lembra que estes não são problemas novos, mas eles têm recebidos dos agricultores respostas bastante inovadora. Com isso podemos apresentar novos aspectos da agricultura familiar que expressam as transformações da agricultura familiar, estes aspectos estão relacionados, e devem ser estudados articuladamente: 1) o papel do STR na organização de produtores rurais; observamos que em certa medida o sindicato está se revelando como um interlocutor hábil para buscar novas parcerias importantes para os agricultores familiares, em particular com ONG´s, como também com centros de ensino e pesquisa como é o caso da universidade. É importante frisar que estas parcerias têm promovido o desenvolvimento de novas praticas de cultivo e novas estratégias de produção que permitem aos agricultores superarem problemas estratégicos para a sobrevivência deles enquanto produtores, como também favorecem o surgimento de novos elementos de uma nova cultura rural, obtida de sucessivas experiências inovadoras em vários aspectos de sua vida.

Entende-se por desenvolvimento sustentável, como sendo um processo de grandes mudanças, criações de oportunidades sociais que possam promover o crescimento econômico, conversão dos recursos naturais, qualidade de vida, cidadania e justiça social. Na prática, as políticas públicas, para atender essas demandas são emergenciais ou simplesmente compensatórias. Sendo assim, a agricultura familiar aparece como importante ponto estratégico da consolidação deste processo de transformação. Este segmento representa aproximadamente 18 % do total da população economicamente ativa (sem contar com o trabalho feminino).

A valorização da agricultura familiar e a realização da reforma agrária como construção de um projeto alternativo está relacionado a quatro argumentos básicos:
I. Essas medidas podem constituir-se em alternativas viáveis para a geração de ocupação e renda, reduzindo o número de desemprego;
II. A Agricultura familiar é uma forma racional de utilização dos recursos naturais, produzindo formas eficientes, diversificando suas atividades (pluriatividade), e conservando o meio ambiente;
III. Contribui estrategicamente para a segurança alimentar do país, na medida em que aumenta o índice de produtividade, caso seja apoiadas por políticas públicas de assistência técnica, extensão rural, pesquisa agropecuária, crédito, etc;
IV. Com isso, torna-se a forma mais democrática de distribuição de recursos sociais, possibilitando a desconcentração da terra e do poder econômico, político e social.
Assim podemos entender a agricultura familiar como um setor estratégico capaz de estimular à economia nacional, fazendo uma redistribuição de renda e de riqueza, garantido a soberania alimentar, ampliando o espaço da cidadania, viabilizando o processo de conservação e preservação ambiental. Esse papel não pode ser subordinado, a agricultura familiar pode constituir o principal agente impulsionador do desenvolvimento, das atividades comerciais e de serviços nos médios e pequenos municípios do interior. Com isso a agricultura familiar pode desencadear uma grande rede de formas associativas que serão determinantes para o crescimento econômico, consolidando a democratização, ampliando os espaços de participação popular, construindo a cidadania no campo e elevando as condições de vida da maioria da população.

Atrelado à importância da Agricultura Familiar, os Sindicatos de Trabalhadores Rurais vêem desempenhando um importante papel no desenvolvimento da agricultura familiar, como também na tentativa de diminuir alguns problemas deste segmento.

A regulamentação do Sindicalismo rural acontece apenas em 1962, tendo como marca registrada do movimento sindical brasileiro, o corporativismo e o aparelhismo. Porém, desde 1903, se registraram as primeiras tentativas (legais) de organização sindical do trabalhador Rural, mas com o decreto 979 nascia a privação de liberdade e organizações dos trabalhadores rurais, principalmente os colono do café, que iniciava movimentos e resistência e a contestação às condições do trabalhador vigente.

No final da década de 40 surgem as primeiras organizações de trabalhadores no campo, constituindo-se por local de conflito. Do ponto de vista da regulamentação sindical, aparou-se na “possibilidade de organização em quatro categoria”: trabalhadores na lavoura, trabalhadores na pecuária e similares, trabalhadores na produção extrativa e produtores autônomos. (MEDEIROS 1990:2).

A partir de meados dos anos 50, apareceram diferentes categorias de trabalhadores em luta (meeiro, foreiro, colonos, camaradas, poceiros e etc). “Mobilizando-se as ligas camponesas, com a conotação de um movimento radical de contestação ao sistema monocultura à mecanização e à estrutura fundiária nordestina que tomava o nome de latifúndio, sinônimo não de grande propriedade, mas também das formas de dominação e opressão nele existente”. (RICCI, 1992:4).

As ligas camponesas não estavam sobre o controle do estado o que colocava em cheque a “ordem” institucional (aproveitando todos os caminhos legais para a luta) e, em curto período de existência já se multiplicavam em 40 municípios de Pernambuco e Paraíba, principalmente com a adesão de Francisco Julião. Este período foi rico em discussão e disputa política em torno das ligas camponesas, tendo como mentor do movimento o Sr. Francisco Julião.

As divergências político-ideológico-organizativas infiltraram-se no bojo do encaminhamento das alianças entre as forças políticas, relacionadas à condição das lutas dos trabalhadores do campo, tendo como principio direto a reforma agrária. E como referencia estratégia os rumos da “revolução brasileira”, que acarretou em importantes conseqüências sobre o destino dos movimentos. É nesse quadro que o estado resolve institucionalizar a sindicalização rural. Até 1960 não existia mais do que 8 sindicatos rurais reconhecidos, a partir daí cresce rapidamente este número, sendo que entre 1962 e 1963, já existiam 800 entidades e cerca de 500 mil camponeses organizados nas ligas em 10 estados. Antecedendo o golpe militar de 1964, o numero de sindicatos chegava a 1.200.

É importante ressaltar que a partir de 1965, o regime militar unificou todas categorias numa única forma organizativa: Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), sendo que em nível estadual, criou-se a Federação dos Trabalhadores Rurais na Agricultura (FETAG). De toda forma, nesse contexto a sindicalização dos trabalhadores rurais (pequenos produtores, pequenos proprietários, posseiros e assalariados), surgiu no bojo um amplo processo de mobilização pela regulamentação dos contratos de arrendamento e parceria por direitos trabalhista e por reforma agrária, “bandeira” essa que atravessou as últimas três décadas e tornou-se o baluarte e a principal frente de combate dos camponeses do Brasil (THOMAZ, 1998).

Entre 1988 e 1990, os dados do IBGE revelaram que cerca de 59% dos presidente dos STR´s eram pequenos proprietários, 23 a 25% eram arrendatários/parceiros/posseiros e apenas 13% eram assalariados (IBGE, 1988). Sem contar, que nesse período, a presença marcante e o trabalho abnegado de militantes de diferentes filiações ideológicas, abrigados em ONG´s, mas principalmente, os ligados à igreja católica. Destacando-se a partir de 1975 a CPT (Comissão Pastoral da Terra) e as Comunidades Eclesiais de Base (CEB´s) que, conseguiram introduzir questões políticas relevantes à ação sindical. Isso fez com que os Sindicatos mostrassem o caráter de classe de sua existência, atuando junto a posseiros, pequenos produtores e assalariados, deixando marcas até hoje e tendo muita importância nas definições de rumos que se materializaram no III Congresso da CONTAG.

Assim, fica claro a importância do desenvolvimento sindical para o fortalecimento da agricultura familiar.

Após várias visitas realizadas a comunidade de Bom Sucesso, localizada a 20 km da sede do município de Solânea, percebemos uma série de problemas enfrentados pelos moradores da comunidade, dentre vários destacamos alguns: a falta de recursos hídricos bem como o seu armazenamento em decorrência dos baixos índices pluviométricos desta região, e a falta de recursos financeiros para a mínima manutenção da família.

O mais grave com certeza é a falta de reservatório para o armazenamento da água proveniente de chuva que é bastante escassa na região. Tendo em vista este panorama decidimos analisar o papel do STR local (representante de uma categoria) no apoio a estes problemas.

Fundado em 27 de novembro de 1961 com a ajuda do padre Local Sr. José Fidelis e no vácuo dos movimentos encabeçados pelo fenômeno das ligas camponesas, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Solânea sofre algumas invasões da policia local a mando dos grandes proprietários de terra da região com o intuito de prender os seus dirigentes. Inicialmente o STR tinha como bandeira de luta a marcha pela reforma agrária e os conflitos entre os proprietários de terra da região e seus trabalhadores (luta pelos direitos trabalhistas), mais adiante o STR se transformará no agente que irá participar ativamente nos processos de concessão de aposentadorias dos trabalhadores rurais, o que ocorre até os dias de hoje.

Com relação às ações do STR contra a seca que sempre atingiu a região, o STR iniciará algo de concreto no ano de 1993, com o apoio da ONG (organização não-governamental) AS-PTA (Assessoria e serviços e projetos em agricultura alternativa) onde promoveram o DRPA (diagnostico rápido e participativo) que tinha como objetivo conhecer a realidade das regiões da zona rural do município. As primeiras ações do STR junto com a AS-PTA foi a organização de mutirões em diversas áreas do município, com o objetivo de limpar barreiros aumentando assim a sua capacidade de armazenamento de água. No ano de 1995, da-se o inicio de um trabalho cujo objetivo central era tentar conscientizar os agricultores familiares a conviverem com as situações provocadas pela seca, neste momento foram inseridos uma série de “alternativa” para o enfrentamento destes problemas: plantio de arvores forrageiras como Gliricídia, leucena, palma forrageira e o uso e plantio de arvores nativas. Nesta época são implementados alguns bancos de sementes em várias regiões inclusive na comunidade de Bom Sucesso. Em 1998 o STR começa a trabalhar de forma mais incisiva contra os problemas provocados pela escassez da chuva, neste período começa o trabalho com as CP´s (Cisternas de Placas), curva de nível, barragem de Pedra, faixa de árvores, tanque de pedras e barragem subterrânea.

No que diz respeito à comunidade de Bom Sucesso a maioria destes trabalhos atingiram a comunidade de forma direta através dos mutirões, das CP´s e do plantio de arvores forrageira. Ao longo do tempo o maior problema da região de Bom Sucesso foi a falta de água para o consumo humano e animal, mas recentemente este problema  vem sendo amenizado com a construção de CP´s na comunidade. Depois de construída a primeira CP na comunidade há quase 10 anos atrás e com uma certa resistência da comunidade devido a forma como seria paga (através do fundo rotativo), a comunidade de forma progressiva começou a inserir na comunidade esta inovação. Hoje a comunidade de Bom Sucesso tem cerca de 54 famílias onde foram construídas 17 Cisternas de Placas, o que diminuir de forma considerável o problema do armazenamento de água. Contudo, ainda é o problema da falta de recursos que impede a construção de mais CP na comunidade. Este 17 cisternas representam um significativo aumento na captação de água. Estas cisternas, em momentos de chuva, representam a disponibilidade de 272 mil litros de água para o uso da família.

Outra iniciativa promovida pelo STR foi a plantio de arvores forrageiras e plantas nativas, como a palma, com o intuito de apresentar aos agricultores fontes alternativas de alimentação animal. Após visitarmos vários agricultores da comunidade percebemos que todas as famílias que possuem animais de grande porte ou médio possuem em seus pequenos pedaços terra alguma parcela plantada de palma, que segundo eles é o que salva os bichos nos períodos mais críticos da seca. Além da palma alguns moradores, ainda de forma tímida plantam árvores forrageiras como a Leucena e a Gliricídia.

Os mutirões realizados praticamente todas as semanas, apesar de não ter um número grande de pessoas envolvidas, tem se mostrado um evento de grande importância no que diz respeito aos poucos barreiros existente na comunidade, que atende a grande maioria das pessoas que tem animal; os mutirões também têm servido para o concerto das estradas da comunidade entre outros serviços. No momento os mutirões atendem as necessidades de quem participa deles (conserto de cerca, barreiros e etc).

Da mesma forma se destaca pela importância o Banco de Semente Comunitário de Bom Sucesso, que foi criado com o apoio do STR na comunidade. Ao longo do tempo o Banco de sementes vem se destacando com o maior viabilizador da produção agrícola da comunidade, ou seja, a grande maioria das famílias utiliza as sementes do banco.

Assim fica claro a importância do STR para a subsistências das famílias de Bom Sucesso, sabendo que a maioria dos problemas enfrentado pelos agricultores desta comunidade foram amenizado por iniciativas tomadas em conjunto com o STR. Destas iniciativas podemos destacar: As Cisternas de Placas, os mutirões, o plantio de arvores forrageiras e nativas e o Banco de sementes comunitárias. Desta forma fica claro, a importância destas iniciativas no que tange a sobrevivência da unidade familiar.

Analisando o novo papel dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, podemos concluir que este órgão adquiriu uma caráter que até então não fazia parte de sua rotina.

Depois de existir por duas décadas como órgão assistencial e mediador do sistema de aposentadoria no campo, o sindicato tem se mostrado como um órgão viabilizador e reivindicador de ações coletivas da classe dos trabalhadores rurais. Mas está característica não é uma constante, nos STR que foi analisado, podemos perceber que existe uma busca dos sindicatos por novas parcerias que ajudem a enfrentar os problemas sofridos pelos agricultores familiares, principalmente com organizações não governamentais (ONGs) e até mesmo com centros de pesquisas, como é o caso das universidades, que é ainda muito frágil e pouco produtivo, o hoje o acesso do pequeno agricultor é muito difícil e caro, tornando-se mais um obstáculo para a viabilidade da agricultura familiar.

A pesquisa revela que, de um modo geral, que o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) tem se destacado ainda que de modo desigual e, por vês, tímida como um organismo catalisador das demandas dos agricultores, como local de encontro,  e espaço de debates da classe agrícola de cada município, onde se discute e se forma opiniões, ou seja, um órgão criador de propostas.

Uma outra área de atuação dos sindicatos é a criação de instrumentos de fomento da produção. Até então essa atividade era reservada exclusivamente aos órgãos de fomento ou de extensão, e também por cooperativas de produtores, mas agora a direção sindical assumiu essa atividade e vem atuando no sentido de buscar o envolvimento dos associados, como também na busca de recursos financeiros e assistência técnica para que seus projetos sejam viabilizados e desenvolvidos. O banco de sementes, o fundo rotativo de cisternas de placa e assistência para a obtenção de crédito, são exemplos destas iniciativas que já são realidade em alguns dos sindicatos do brejo paraibano.

Após analisarmos os dados colhidos, percebemos que o STR aparece como mediador mais próximo dos agricultores familiares, ou seja, e nele que os agricultores encontram o canal para tratarem de vários problemas enfrentados pelos agricultores familiares.

Esse caráter dos STRs provém do fato deles serem portadores de legitimidade diante dos agricultores. Mesmo assim entendemos que a trajetória dos sindicatos dos trabalhadores rurais não é simples, e que os seus problemas para serem solucionados precisam de políticas públicas mais eficazes e mais direcionadas aos problemas enfrentados de forma sistemática pelos agricultores familiares. Sendo assim, entendemos ser o fortalecimento do segmento dos agricultores familiares , uma das principais saídas para o desenvolvimento econômico sustentável.

Desta forma concluímos que, mesmo com a disposição de iniciativas tomadas pelos STR´s, e mais especificamente no caso do STR de Solânea e da comunidade de Bom Sucesso, fica claro que os problemas dos agricultores familiares não foram resolvidos, mas que dentro do limite da subsistência, partes destes problemas foram amenizados por iniciativas tomadas pelo STR em parceria com a comunidade e outras entendidas. Os problemas da agricultura familiar estão longe de serem resolvidos, mas, algumas iniciativas podem tornar a convivência com a seca mais digna do ponto de vista humano.

Referencias Bibliográficas

BASTOS. Valério & MALAGODI, Edgard. Sindicato de Trabalhadores Rurais e seus Parceiros. VI Congresso Latino-Americano de Sociologia Rural. UFRGS, Porto Alegre – RS, Brasil. 2002.

DINIZ, Paulo César o & MALAGODI, Edgard A. A viabilidade da agricultura familiar irrigada no Brejo Paraibano. Resumos do VI Encontro de  Iniciação Cientifica da UFPB, João Pessoa, UFPB, 1998.

FAO-INCRA. Diretrizes da política agrária e desenvolvimento sustentável. ProjetoUTF/BRA/036, Março de 1995.]

MALAGODI, Edgard A. A viabilidade  da produção familiar no Brejo Paraibano. (Projeto de Pesquisa). DAS, Campina Grande, 1997.

MEDEIROS, l s. Sindicalismo no campo. Caderno do cedi, Rio de Janeiro; n 20, p 5-10, jan 1990.

GRZBOWSKI, Candido. Caminho e Descaminhos dos Movimentos Sociais no Campo. Petrópolis: FASE. 1987.

RICCI,R. Qual é o problema da estrutura sindical no campo? São Paulo: [S.n], 1992 (mimeogr.)





[1] Sociólogo formado pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). valerioverissimo@hotmail.com
[2] Estudante do curso de Geografia da Universidade Vale do Acaraú (UVA). rosymeyreferreira@hotmail.com

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