sábado, 21 de maio de 2016

AGRICULTURA FAMILIAR E DESENVOLVIMENTO RURAL

O processo de urbanização que leva à formação de novos municípios pressupõe uma diversificação das economias locais, a qual ocorre, geralmente, a partir da atividade agropecuária.

No entanto, vários autores indicam a existência de uma baixa correlação entre o aumento da produtividade na agricultura e o surgimento de atividades não-agrícolas, a ponto de alguns sustentarem que, a partir das últimas décadas, no Brasil, o desenvolvimento da agricultura pouco teve a ver com o desenvolvimento rural (SILVA, 2000).

Neste trabalho, elaborado a partir de uma síntese de um estudo realizado por Silva Neto e Frantz (2005), buscou-se explorar a hipótese de que a distribuição geográfica dos municípios no Rio Grande do Sul reflete, em grande parte, a história do seu desenvolvimento rural, tendo o tipo de atividade agropecuária em cada uma das suas regiões desempenhado um papel de fundamental importância neste processo. Nesse sentido explica-se a maior densidade de aglomerações urbanas nas regiões de agricultura familiar do Estado, o que indica que o desenvolvimento rural está diretamente relacionado com a agricultura, mas que esta relação depende do tipo de agricultura.


Após uma síntese do povoamento e da formação histórica do Rio Grande do Sul, as principais evidências reunidas neste artigo para corroborar nossa hipótese são discutidas em uma revisão da literatura sobre a relação entre as atividades agropecuárias e o processo de urbanização do Estado, ilustrada por mapas da sua malha urbana originalmente elaborados pelo Instituto Gaúcho de Reforma Agrária. Além disso, são discutidos também alguns dados relativos à dinâmica demográfica das diferentes regiões do Estado.

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