sexta-feira, 17 de junho de 2016

O BRASIL É SURREAL. O RJ decreta calamidade a pretexto de realizar os Jogos Olímpicos

O Brasil se candidatou para sediar os dois mais importantes eventos esportivos do planeta: a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
O governo prometeu o legado da Copa para os brasileiros, especialmente com obras de mobilidade urbana nas cidades que se credenciaram para sedes.
Após o mais deslavado festival de corrupção, incompetência e descaso sobrou uma ruma de esqueletos de obras espalhados Brasil à fora.
Sobre as arenas e o legado esportivo anunciaram que o futebol brasileiro subiria vários degraus na organização e alcançaria o padrão dos países desenvolvidos.
Sobraram: 1) elefantes brancos; 2) dívidas significativas suportadas por combalidos cofres estaduais; 3) vexames históricos dentro de campo; 4) dirigentes esportivos presos e enredados em esquemas de corrupção...
A Copa de 2014 pode ser sintetizada na goleada que a seleção brasileira levou da Alemanha: 7 a 1. A 'enfiada' que o povo levou foi similar.
Em agosto próximo o Rio de Janeiro realizará o evento olímpico. A 'coisa' é tão absurda que o Comitê Organizador não sabe em nome de qual presidente deve emitir os convites para as autoridades internacionais.
As provas de vela ocorrerão na Baía de Guanabara com índices de poluição bem acima do aceitável.
Os atletas e turistas temem a contaminação por doenças tropicais, como: zika, chikungunya, dengue...
Mas... O evento será no Rio e o Rio é no Brasil, então é óbvio que ainda existe espaço para piorar bem mais.
Leia:
O governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, decretou estado de calamidade pública por causa da crise financeira.
A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado de hoje (17). No texto, o governador diz  que o decreto visa a garantir o cumprimento das obrigações estaduais com a realização dos Jogos Olímpicos, que terão início em agosto.
Nos primeiros oito parágrafos do decreto, são detalhados os motivos que levaram à decretação do estado de calamidade, incluindo a crise econômica que atinge o estado, a queda na arrecadação com o ICMS e os royalties do petróleo, a dificuldade do estado em honrar os compromissos para a realização dos Jogos, dificuldades na prestação de serviços essenciais, como nas áreas de segurança pública, saúde, educação e mobilidade.
Em um trecho é citada a proximidade do evento esportivo e a chegada das primeiras delegações à cidade como justificativa para a adoção da medida.
“Considerando que já nesse mês de junho as delegações estrangeiras começam a chegar na cidade do Rio de Janeiro, a fim de permitir a aclimatação dos atletas para a competição que se inicia no dia 5 de agosto do corrente ano; considerando, por fim, que os eventos possuem importância e repercussão mundial, onde qualquer desestabilização institucional implicará um risco à imagem do país de dificílima recuperação.”
O documento diz ainda, no Artigo 1º, que o estado de calamidade pública ocorre "em razão da grave crise financeira no Estado do Rio de Janeiro, que impede o cumprimento das obrigações assumidas em decorrência da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016".
O texto diz também que "ficam as autoridades competentes autorizadas a adotar medidas excepcionais necessárias à racionalização de todos os serviços públicos essenciais, com vistas à realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016" e "as autoridades competentes editarão os atos normativos necessários à regulamentação do estado de calamidade pública para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016”.
AGÊNCIA BRASIL

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