O Estado do Rio Grande do Norte perdeu o equivalente a R$ 2,65 bilhões no ano passado com a violência no trânsito. Esse é o impacto econômico provocado pelos 16.799 mil casos de invalidez permanente e a morte de 646 pessoas, resultantes de colisões e atropelamentos. O cálculo refere-se à interrupção da atividade produtiva como resultado da incapacidade de trabalho.
Os dados fazem parte do estudo Estatísticas da Dor e da Perda do Futuro: novas estimativas, do economista Claudio Contador, diretor do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), da Escola Nacional de Seguros, e Natalia Oliveira, coordenadora do CPES.
Os dados fazem parte do estudo Estatísticas da Dor e da Perda do Futuro: novas estimativas, do economista Claudio Contador, diretor do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), da Escola Nacional de Seguros, e Natalia Oliveira, coordenadora do CPES.
O relatório, que toma por base os indicadores do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), indica uma perda equivalente a 5,08% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. “É assustador o número de brasileiros mortos e feridos por ano. Segundo a Organização Mundial de Saúde, somos destaque nesta triste estatística. Em 2010, estávamos atrás apenas de China, Índia e Nigéria”, analisa Claudio Contador.
O impacto econômico da violência no trânsito ultrapassa a receita total do município de Natal, que é de R$ 2 bilhões. Também é cinco vezes superior ao que é gasto com saúde na cidade em um ano (R$ 464 milhões).
No Brasil, a cada ano, cerca de 664 mil pessoas se envolvem em acidentes de trânsito. Deste total, 43 mil são vítimas fatais e 525 mil sofrem invalidez permanente. O impacto econômico decorrente da incapacidade para o trabalho é de R$ 197 bilhões, ou 3,34% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Segundo Natalia Oliveira, coordenadora do CPES e coautora do estudo, no Brasil, a grande maioria das vítimas está em idade ativa: 90,4% concentram-se na faixa etária de 18 a 64 anos. Ou seja, pertencem a um grupo em plena produção de riquezas para a sociedade.
O impacto econômico causado pela perda de mão de obra é chamado de Valor Estatístico da Vida (VEV), ou seja, o quanto a pessoa deixa de produzir anualmente por morte ou invalidez. No Brasil, este valor é de R$ 2.200 e no estado do Rio Grande do Norte de R$ 1.210.
O impacto econômico causado pela perda de mão de obra é chamado de Valor Estatístico da Vida (VEV), ou seja, o quanto a pessoa deixa de produzir anualmente por morte ou invalidez. No Brasil, este valor é de R$ 2.200 e no estado do Rio Grande do Norte de R$ 1.210.
O VEV tem por base outra pesquisa em que foi levado em conta o perfil da população em cada estado (sexo, faixa etária, renda per capta, produção e etc). Por isso, os valores variam tanto de um estado para outro Do total de vítimas fatais do trânsito, 74% são homens e 26%, mulheres. Entre os homens mortos, 92% têm entre 18 e 64 anos. “Isso significa que essas pessoas deixam de produzir para o país e para suas famílias, em um efeito cascata que gera uma perda imensa”, afirma Natalia.
Os acidentados concentram-se na faixa etária de 18 a 64 anos (90,4%). Ou seja, pertencem a um grupo em plena produção de riquezas para a sociedade, o que gera forte impacto no Valor Estatístico da Vida (VEV).
JORNAL DE FATO
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