Destaque-se que Euclides foi figura central no grupo que comandou a prefeitura por 24 anos. Foi vice prefeito por duas vezes (Tafí e Elpídio Rêgo), mas não obteve o devido respaldo para encabeçar a chapa enquanto permaneceu no grupo.
A saída de Euclides ocorreu de forma traumática. Como vice de Elpídio se considerava natural que fosse o candidato do grupo, pois tinha aceitado compor a chapa como vice quando muitos já consideravam que o candidato sucessor da primeira gestão do Careca deveria ser Euclides.
O trauma ocorreu porque Careca (com forte respaldo popular) se tornou o candidato do grupo, mas Elpídio reafirmou a posição em relação ao apoio a Euclides e assim o PMDB se tornou o caminho natural para o lançamento da candidatura.
Essa foi a primeira divisão importante no grupo hegemônico. Euclides foi para o PMDB e conseguiu rapidamente aglutinar o grupo oposicionista que carecia de novas lideranças e contou com o apoio de parte da família Rêgo (Adalberto Rêgo, candidato a prefeito de Extremoz, Bernadete Rêgo, atual prefeita de Riacho da Cruz, Elpídio Rêgo, além de outros) na primeira campanha (1993) que disputou como candidato a prefeito de Portalegre.
Careca se elegeu de forma avassaladora e se tornou prefeito pela segunda vez. Foi uma vitória marcante, pois o Careca ganhou em todas as urnas e com uma maioria muito expressiva para um eleitorado relativamente pequeno.
Foi a eleição (1993) em que Careca lançou a candidatura a vereador de Neto da EMATER pelo PFL e durante a gestão preparou o terreno para torná-lo seu sucessor.
Foi a eleição (1993) em que Careca lançou a candidatura a vereador de Neto da EMATER pelo PFL e durante a gestão preparou o terreno para torná-lo seu sucessor.
Neto, político extremamente habilidoso, tornou-se tão forte (com o respaldo do prefeito Careca) que se comentava na época que Euclides iria apenas registrar a candidatura a prefeito para que os candidatos a vereador de seu grupo pudessem disputar a eleição, pois teria certeza da derrota, caso Neto fosse confirmado como o candidato do PFL em 1996.
A hegemonia política da oligarquia parecia garantida. O fato é que a oligarquia sobreviveria com José Augusto ou Neto, desde que o grupo permanecesse unido, mas não foi isso que aconteceu.
Careca e outros do grupo cobravam uma pesquisa para definir a candidatura, mas se o critério fosse a pesquisa nem seria necessário realizá-la, pois a popularidade de Neto estava no auge.
Prevaleceu a definição estabelecida pela legislação eleitoral e a convenção definiu que o candidato do PFL em 1996 seria José Augusto. Após a vitória na convenção ocorreu o imponderável, pois o grupo derrotado saiu em passeata e deixando evidente que não aceitaria a candidatura de José Augusto.
O 'racha' parecia inevitável e de fato se consumou. Uma parte significativa do grupo do PFL decidiu apoiar a candidatura de Euclides Pereira (PMDB), tendo em vista que a legislação eleitoral não permitiria a saída do grupo do PFL para se filiar a outro partido em tempo de disputar a eleição.
Assim Euclides, que assistia a tudo de camarote, recebeu o apoio de diversos filiados do antigo PFL, inclusive de candidatos a Câmara de Vereadores do partido, destacando-se Neto da EMATER.
Numa eleição acirradíssima, em que a divisão política da família Rêgo descambou para o lado pessoal, ruiu a oligarquia. Euclides venceu com pouco mais de 150 votos e passou a administrar, praticamente, a quatro mãos com o então vereador Neto da EMATER (eleito ainda como filiado do PFL).
Na eleição de 2000 Euclides cumpriu o compromisso de não disputar a reeleição e apoiou Neto (que saiu do PFL e se filiou ao PP do deputado federal Nélio Dias). A primeira eleição de Neto consolidou a nova hegemonia, mas por questões de saúde, Neto não conseguiu disputar a reeleição e apoiou o retorno de Euclides na eleição de 2004.
Euclides comandou por mais 8 anos (em 2008 o prefeito Euclides foi candidato único e contou com o apoio das principais lideranças do município) e apoiou Neto em 2012 e agora, em 2016, Neto disputará a reeleição. Assim, o destino 'conspirou' para confrontar novamente 'velhos' aliados.
A eleição histórica colocou frente a frente: Careca versus Neto e a ironia do destino é que Neto é o representante da "nova oligarquia" que já comanda Portalegre há 20 anos e Careca é o desafiante.
A eleição é tão atípica que praticamente não foram realizadas movimentações com comícios, passeatas e carreatas, apenas a situação realizou umas poucas atividades e não se tem registros de declarações mais fortes, afinal os dois candidatos são velhos amigos (para desgosto da militância mais barulhenta dos dois lados).
"Arengam" apenas os "tontinhos do Facebook" e os "beócios" de sempre...
A eleição histórica colocou frente a frente: Careca versus Neto e a ironia do destino é que Neto é o representante da "nova oligarquia" que já comanda Portalegre há 20 anos e Careca é o desafiante.
A eleição é tão atípica que praticamente não foram realizadas movimentações com comícios, passeatas e carreatas, apenas a situação realizou umas poucas atividades e não se tem registros de declarações mais fortes, afinal os dois candidatos são velhos amigos (para desgosto da militância mais barulhenta dos dois lados).
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