O ex-secretário de
obras de Natal, Fred Queiroz, preso na mesma operação que levou o ex-ministro
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para a cadeia em junho, fechou acordo de
delação premiada.
O acordo é classificado por investigadores
como fatal para Alves, já que Queiroz é dono da empresa Pratika Locações,
apontada como a principal responsável pela lavagem de dinheiro vindo de doações
legais e ilegais de campanhas do ex-ministro.
Alves, que sempre fez parte do núcleo de
confiança do presidente Michel Temer, pediu demissão em junho de 2016, após ser
citado em delações.
A tratativa foi assinada com o Ministério
Público Federal e o Ministério Público Estadual e aguarda a homologação do juiz
da 14.ª Vara do Rio Grande do Norte, Francisco Eduardo Guimarães Farias.
Desde sexta-feira (23), ele (Fred) está
solto.
Segundo envolvidos nas investigações, nos
anexos que integraram sua proposta de delação, Queiroz detalhou os contratos
que fez usando a Pratika em campanhas de Alves e outros políticos realizadas
entre 2010 e 2016.
Ele detalhou como usou contratos fictícios da
empresa para irrigar as campanhas de Henrique Alves arcando com custos de
mobilizações de militâncias, repasses a assessores e políticos.
O empresário também detalhou saques de
propina que fez em espécie em caixas de bancos.
Preso na Operação “Manus”, que investiga
propina paga pelas empreiteiras OAS, Odebrecht, Carioca Engenharia e Andrade
Gutierrez ao ex-ministro em troca de benefícios junto ao governo, Queiroz
ocupou as secretárias de Turismo e Obras da capital potiguar por indicação do
próprio Henrique Alves.
Além de homem forte de Temer, Henrique Alves
foi ministro de Dilma Rousseff no segundo mandato, também na pasta do Turismo.
OUTRO
LADO
Procurada, a defesa de Fred Queiroz não
atendeu as ligações da reportagem.
Folha
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