segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A PRODUÇÃO DO ESPAÇO, SEGREGAÇÃO RESIDENCIAL E DESIGUALDADES SOCIAIS NA MORFOLOGIA URBANA DAS CIDADES BRASILEIRAS.

Na maioria das cidades brasileiras, observa-se uma tendência de produção e reprodução do espaço urbano repletos de diferenças étnicas, sociais e econômicas, formando unidades de vizinhança que agrupam domicílios com características particulares, conforme a organização social do território de cada cidade. 

A intensidade desse processo de diferenciação intra-urbana é distinta entre as metrópoles brasileiras, disseminando-se entre as cidades médias em menor escala; a razão disso advém de suas trajetórias produtivas, políticas e da singularidade da produção espacial de cada cidade. 

Em particular, o peso das classes sociais menos favorecidas na estrutura social urbana tem grande importância na concentração espacial da pobreza e em certa medida, na segregação residencial dos moradores em cada bairro da cidade. 

O objetivo dessa pesquisa é justamente demonstrar como essas desigualdades territoriais são materializadas, seguido de uma base teórica que fundamente toda discussão acerca da segregação e da produção espacial das cidades. Discute diferentes conceitos de espaço, tempo, lugar, território e paisagem como categorias básicas para a interpretação do processo de produção do espaço e da morfologia urbana. Traduz toda essa abordagem teórica numa leitura de lugar voltado para explicações lógicas de toda a formação e produção do espaço numa escala local tendo em vistas as transformações globais do processo produtivo. 

A metodologia da pesquisa articula teoria materialista com o levantamento de informações sobre a territorialidade e mapeamento das desigualdades sociais no espaço urbano. A realidade das médias e grandes cidades brasileiras, sobretudo as áreas metropolitanas do país, é repleta de desigualdades e pode ser facilmente confirmada pela analise dos dados referentes ao aumento das favelas por exemplo em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife, aliadas ao rápido aumento das desigualdades em cidades medias com a acelerada expansão urbana destas cidades.

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