O conceito de território, no âmbito da Ciência Geográfica, vem sendo
alvo de variadas compreensões. De Ratzel a Sack, do século XIX até meados do
século XX, buscou-se compreender o território desde a ideia de posse sobre uma
determinada área da superfície terrestre por um homem ou grupo de homens, até
as estratégias tomadas pelos homens para afetar, influenciar e controlar outras
pessoas numa dada delimitação espacial.
Mais recentemente, especificamente na
década de 1990, o geógrafo brasileiro Milton Santos formulou a concepção do
território usado, que é considerado como sinônimo de espaço habitado,
construído e reconstruído pelos homens, por meio de suas ações e relações. Para
esse geógrafo, o território por si só não interessa às abordagens geográficas,
constituindo-se em mera forma.
O que interessa de fato à Geografia é o conteúdo
do território, ou seja, o processo histórico de uso do território pelos homens,
que revela os diferentes interesses dos diversos agentes sociais que atuam
nesse uso. Seguindo essa concepção, procura-se no presente trabalho tecer
breves reflexões sobre o conceito de território usado, atentando-se para o uso
atual do território do Agreste Potiguar.
Após a realização dessas reflexões,
conclui-se que, no contexto atual, denominado por muitos de globalização, o
território vem sendo usado de acordo com a lógica capitalista, que é geradora
de desigualdades, contradições e combinações. Dentro dessa lógica, há agentes
hegemônicos que se utilizam de suas forças para usar o território tomando como
mero fundamento os seus próprios anseios, negligenciando as precárias situações
de vida em que se encontram a maioria da sociedade.
Para a consecução do
trabalho recorreu-se à realização de pesquisa bibliográfica e empírica. A primeira
consistiu na busca e na leitura de livros e textos que nos ajudassem a
desenvolver as reflexões postas em tela acerca do território na perspectiva do
seu uso. E a segunda consistiu em observações que fizemos no território do
Agreste Potiguar, a fim de buscarmos compreender melhor o uso que vem sendo
feito desse território.
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