terça-feira, 24 de março de 2020

O Plano Real e a República Rentista

  • Matheus Bittencourt de Brito
    Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Resumo


A exposição que segue demonstra um dos problemas estruturais sobre os quais a economia brasileira se estabeleceu a partir da execução do último grande plano de estabilização, a saber, o Plano Real. 

A partir daí, ver-se-á que o modelo de estabilização referido nunca trouxe o prometido desenvolvimento sustentável, a despeito da sua eficácia no combate à inflação. Assim, o Plano Real só pode ser entendido em sua concretude por meio da consciência e análise crítica da realidade brasileira, isto é, pela noção de que o Brasil é um país dependente e subdesenvolvido. 

Desse modo, o Plano Real pode ser caracterizado com um pacto de classes no qual o setor financeiro tem o papel hegemônico. É por meio desta hegemonia que originar-se-á o caráter rentista da economia brasileira – ou seja, a República Rentista-, sobre o qual inicia-se o processo de superendividamento estatal e concentração financeira.

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