O mercado econômico financeiro está extremamente apreensivo com o endividamento dos países europeus, a fraca reabilitação econômica americana na “pós-crise” de 2008 e a questão do aumento de endividamento interno no Brasil.
É notória a preocupação do nosso governo com os juros e inflação no mercado interno e com reduções de exportação e taxas cambiais sobre valorizadas.
O cenário realmente inspira cuidados, pois há um endividamento forte na classe média e assim nem exportações nem consumo interno podem ser saídas eficazes nesse cenário que se desenha ao término de 2011 e início de 2012.
Tudo indica que os mercados para as MPEs serão ainda mais competitivos; assim, empresas com dificuldades em gestão deverão sentir mais fortemente as pressões econômicas desse período.
Não tenho bola de cristal para saber o que acontecerá e também não quero ser o arauto da desgraça deste momento, mas sei que é hora de bom senso, cuidado e boa gestão.
Um bom conselho é acompanhar os cenários econômicos e ir tirando conclusões próprias, pois crise afeta de forma diferente os diferentes tipos de empresa no mercado.
Hoje em dia as informações são mais fáceis de serem obtidas. Acompanhe a evolução do ICC (índice de confiança do empresário do comércio) divulgado pela Federação do Comércio (Fecomercio) que sinaliza expectativas de confiança do empresariado comercial quanto às expectativas de desempenho da atividade comercial.
Em se tratando de projeções econômicas, taxa de juros e expectativas de inadimplência, há bons relatórios disponibilizados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em suas expectativas econômicas.
Fazendo uma pesquisa no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) é possível analisar a questão da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, bem como a evolução das estimativas que denotam tendências.
Os bons periódicos da imprensa falada e escrita são boas fontes para que se possa analisar cenários e tomar decisões. As principais manchetes diárias podem ser acompanhadas pela internet gratuitamente.
Para concluir deixo alguns cuidados que valem tanto na bonança quanto na crise:
- Mantenha estoques baixos; compatibilize estoque e demanda
- Adote postura conservadora para estoques: melhor faltar que sobrar
- Utilize o maior capital próprio. Negocie melhor os prazos comerciais
- Revise cadastros de clientes. Visitação frequente é muito bem-vinda.
- Evite gastos desnecessários e investimentos com retorno impreciso
- Trate os custos na manicure (“Corte-os uma vez por semana”)
- Administre com foco na produtividade e na qualidade
- Estabeleça parcerias efetivas com fornecedores e colaboradores
- Estimule programas internos de redução de gastos e melhoria de processos
- Utilize a ociosidade produtiva para organizar processos e melhorar a qualidade
- Negocie formas de redução de jornada antes de pensar em dispensa
Mesmo que o cenário não seja tão ruim quanto se pensa, informação conhecimento e gestão nunca farão mal a empresa alguma. Na crise ajudam a superar, na bonança ajudam a prosperar.
Leia mais no Bom de negócio!.
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Cada cabeça uma sentença... Fique atento para não ser surpreendido...
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