A Matriz Energética Brasileira – energia ofertada à sociedade para produção de bens e serviços – é uma das mais limpas do mundo, ou seja, com forte presença de fontes renováveis de energia. De fato, enquanto no Brasil as renováveis participam com mais de 45%, no mundo a participação não passa de 13% e nos países desenvolvidos (ricos) não passa de 8%.
Os benefícios de uma matriz energética limpa se traduzem em reduzidas emissões de partículas pelo uso de energia e sustentabilidade da economia.
Enquanto no Brasil se emite 1,4 tonelada de dióxido de carbono (tCO2) por tonelada equivalente de petróleo (unidade comum utilizada para somar todas as formas de energia – cada fonte de energia tem um fator que converte quantidades de energia da unidade comercial para tep, por exemplo, 1 m³ de gasolina é igual a 0,77 tep) de uso de energia (tep), no mundo esse indicador é de 2,4 tCO2/tep. Em alguns países com forte presença de fontes fósseis (óleo, gás e carvão mineral) em suas matrizes energéticas esse indicador passa de 3 tCO2/tep de energia.
Considerando apenas a Matriz Elétrica Brasileira – subconjunto da Matriz Energética – o país mostra vantagens ainda mais significativas em relação ao mundo, em termos de presença de fontes renováveis.
Enquanto no Brasil estas fontes participam com mais de 86% (80% de hidráulica e 6% de biomassa e eólica), no mundo a participação não passa de 18% (16% de hidráulica).
De acordo com os estudos de expansão do suprimento de energia realizados pelo Ministério de Minas e Energia, estima-se que a economia brasileira cresça a 5% ao ano, no período de 2010 a 2020, o que vai exigir investimentos significativos na infraestrutura energética.
Estão previstos investimentos de R$ 1.080 bilhões na expansão energética, sendo 63% na área de petróleo e gás, 22% na área de energia elétrica e 15% na área de bioenergia. Tais investimentos representam 2,6% do PIB acumulado no período, ou 12,1% dos investimentos acumulados.
Os estudos no horizonte 2020 indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) per capita deve crescer 4,3% ao ano, com expansão anual de 4,4% da oferta interna de energia per capita e crescimento de 4,1% ao ano do consumo final de eletricidade.
É importante destacar que em 2020 a Matriz Energética Brasileira continuará apresentando forte presença de fontes renováveis, acima de 47%.
Fontes:
Plano Decenal de Expansão de Energia
Estudos Econômicos e Energéticos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
Ministério de Minas e Energia
Agência Internacional de Energia
Nenhum comentário:
Postar um comentário