O lucro líquido da mineradora Vale no primeiro trimestre do ano somou
US$ 3,827 bilhões, o que representou uma queda de 43,9% em relação a
igual período do ano anterior. Na comparação com o último trimestre de
2011, o recuo registrado foi de 18,1%. Os dados são referentes ao padrão
USGAAP.
Ainda no intervalo de janeiro a março de 2012, a geração de caixa
medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e
depreciação) chegou em US$ 4,965 bilhões, diminuição de 35,2% ante igual
período de 2011 e retração de 32,9% ante o quarto trimestre do ano
passado. Por fim, a receita operacional recuou 16,3% na comparação com
igual período do ano anterior e caiu 23,2% ante o trimestre
imediatamente anterior, para US$ 11,339 bilhões.
No padrão IFRS, o lucro líquido atingiu R$ 6,72 bilhões, queda de
40,5% na comparação anual. Mesmo com a mudança do padrão contábil para
IFRS, o padrão USGAAP continua sendo o modelo de análise do mercado.
A Vale foi impactada nos três primeiros meses do ano pelo forte
período de chuva que atingiu as principais regiões produtoras da
companhia, principalmente Minas Gerais. Exatamente por conta do elevado
índice pluviométrico, que dificultou os embarques de minério, a Vale
anunciou, em janeiro, o sistema de operação de "força maior".
Segundo relatório da mineradora, o volume produzido de minério de
ferro no primeiro trimestre do ano alcançou 69,994 milhões de toneladas,
resultado 2,2% inferior ao apurado em igual período do ano passado e
15,6% abaixo do desempenho do período de outubro a dezembro de 2011.
Já a produção de pelotas de janeiro a março, por sua vez, totalizou
12,692 milhões de toneladas, 1,4% a mais do que as 12,516 milhões de
toneladas produzidas no primeiro trimestre do ano passado. Já a produção
de níquel atingiu 63 mil toneladas, ante 59 mil no mesmo intervalo um
ano antes.
Além das questões operacionais, o mercado está atento às provisões da
empresa para os litígios judiciais. A Vale possui, hoje, disputas
judiciais que superam R$ 35 bilhões. Entre as brigas da mineradora na
Justiça estão a com a Receita Federal em relação ao pagamento de imposto
de renda e contribuição social sobre lucros de subsidiárias no
exterior, e com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) sobre
a cobrança da Contribuição Financeira pela Exploração Mineral (CFEM).
Há ainda a cobrança de imposto de renda na Suíça e também a do Estado de
Minas Gerais em relação ao ICMS sobre a saída de minério de ferro para o
Espírito Santo.
Economia & negócios
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