sábado, 28 de abril de 2012

MPF pede quebra de sigilo telefônico de desembargadores

O Ministério Público Federal pediu a quebra do sigilo telefônico dos desembargadores Rafael Godeiro e Osvaldo Cruz, além da filha deste, Tatianny Cruz, informa o jornalista Roberto Guedes em sua coluna hospedada no Portal Nominuto.com.

De acordo como ele, desde meados de março, o parquet federal está agindo silenciosamente em relação aos citados. Guedes afirma ainda que o pedido de quebra do sigilo telefônico da advogada Tatiana Cruz não é a primeira investida de defensores da lei em relação a ela.

"Há uns dois anos, munida de mandado judicial, a polícia federal invadiu um escritório empresarial pertencente a ela. Infelizmente, uma "operação abafa" impediu que a população natalense conhecesse os desdobramentos da investigação. Na época, cuidava-se da embricação entre venda de sentenças e negócios escusos por parte de amigos de Tatiana".

Depoimento

Ainda conforme o jornalista, no depoimento que prestou ao Superior Tribunal de Justiça, Rafael Godeiro foi confrontado com os vídeos nos quais Carla Ubarana afirma ter lhe repassado o dinheiro roubado do Setor de Precatórios.
 

 nominuto
 
[são surpreendentes as afirmações do jornalista sobre uma 'operação abafa' envolvendo a PF local...outro dia foi divulgada uma denúncia (anônima) de que o guardião da PF teria sido usado para espionar políticos...qual o resultado do inquérito que teria investigado 'venda de sentenças e negócios escusos por parte de amigos de Tatiana'???]
 
Leiam os trechos da coluna de Roberto Guedes:
 
Filha (01)
Segundo fontes da área, o que mais elevou a pressão arterial e provocou a internação do desembargador Oswaldo Soares da Cruz no hospital natalense da rede de cooperativas de médicos Unimed não foi a angústia provocada pela aproximação de seu depoimento perante o Superior Tribunal de Justiça como um dos dois primeiros magistrados a chegar ali como suspeitos de roubo. Foi saber, na última terça-feira, diretamente de Brasília, que o ministério público federal havia pedido ao Superior Tribunal de Justiça a quebra do sigilo telefônico não apenas dele, mas também da advogada Tatiana Cruz, sua filha, que muita gente cita em Natal como quem verdadeiramente mandava nos tribunais de Justiça e Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte quando o magistrado presidiu as duas cortes. A primeira referência a Tatiana no inquérito que o ministério público estadual promove em Natal sobre o roubo dos precatórios foi feita pela serventuária da justiça Carla Ubarana. Segundo ela, Tatiana lhe disse que recebia mensalmente vinte mil reais do butim. 
 
Filha (02)
Semanas atrás, ao ser acusado pela serventuária da justiça Carla Ubarana de co-autoria na formação da quadrilha que espoliou o Tribunal de Justiça em muitos milhões de reais, o desembargador Oswaldo Soares da Cruz declarou que havia pedido à corregedora geral do Conselho Nacional de Justiça, ministra Eliana, que decretasse a quebra de seus sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático. Na ocasião, esta coluna propôs que a quebra do sigilo alcançasse os parentes próximos de Oswaldo e do também desembargador Rafael Godeiro Sobrinho, os dois magistrados que o Superior Tribunal de Justiça terminaria afastando da corte potiguar. 
 
Filha (03)
O pedido de quebra do sigilo telefônico da advogada Tatiana Cruz, filha do desembargador Oswaldo Cruz, apresentado ao Superior Tribunal de Justiça pelo ministério público federal, face à suspeita de participação na quadrilha que desviou milhões de reais da conta de precatórios do Tribunal de Justiça potiguar, não é a primeira investida de defensores da lei em relação a ela. Há uns dois anos, munida de mandado judicial, a polícia federal invadiu um escritório empresarial pertencente a ela. Infelizmente, uma "operação abafa" impediu que a população natalense conhecesse os desdobramentos da investigação. Na época, cuidava-se da embricação entre venda de sentenças e negócios escusos por parte de amigos de Tatiana.
 

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