segunda-feira, 23 de abril de 2012

Praia, sombra e água fresca




O sonho do brasileiro é praia, sombra e água fresca. E por água fresca, entenda-se água de coco. Há alguns anos, comprar um coco para se refrescar nas praias custava cerca de R$ 0,50, hoje não é possível desfrutar desse prazer por menos de R$ 2,50.

Aliás, quase não existe a oferta do fruto do coqueiro para os turistas e frequentadores das praias. Quem quiser matar a sede deverá contentar-se com os copos de água vendidos em carrinhos mais modernos, que dispensam o sacrifício do vendedor, que antes tinha que cortar parte da casca e fazer um furo para o canudo.  

De certo, outra boa consequência foi à redução de lixo na orla da praia, já que o líquido é colocado dentro dos reservatórios antes de o vendedor chegar à areia.

Mas o comércio de água de coco foi e ainda é um jogo de azar para o consumidor. No método anterior, o consumidor corria o risco de comprar um produto com menor quantidade de água e não ter a devolução do dinheiro por isso. Atualmente, muito se duvida se o conteúdo do copinho de água é oriundo somente do fruto do coqueiro.

O fato é que no antigo método, o consumidor, se quisesse, poderia comer a polpa do fruto, desse modo o consumidor adquiria dois produtos distintos. O preço por garantir a mesma quantidade de água foi a perda desse prazer e o preço por ofertar um produto a menos não foi reduzido.

Academia Econômica

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