É bem verdade que hoje o que se espera dos profissionais são
várias virtudes e qualificações dignas de super-heróis (daqueles que
almejávamos ser quando ainda brincávamos de ser gente grande). Nesta
globalização, cenário de hipercompetição, se destacar entre tantos tem sido
tarefa árdua e desafiadora. Busca-se com maior veemência despertar
diferenciais, realizar feitos incomuns e ao mesmo tempo ser feliz em nossa
escolha profissional. Isso não tem sido nem um pouco fácil, devido a quantidade
de caminhos que podemos traçar, mergulhado em um oceano de informações a serem
sondadas.
As vantagens tradicionais que cada profissão oferecia, e que
eram sustentáveis, hoje não são mais. A necessidade de se manter em constante
reciclagem chega a ser sufocante, visto a versatilidade e agilidade de nossos stakeholders
(fornecedores, clientes, concorrentes etc.). Para tanto, exerça suas
atividades de forma inovadora, renovando-se sempre e deixando de agir
previsivelmente. Vale ressaltar que não é somente revolucionar (fazer de uma
forma radical), mas evoluir periodicamente. A questão não é ser diferente, é
não ser igual, como disse o headhunter Robert Wong. Ou seja, ser
agressivo e não se acomodar, deixando explícito o seu posicionamento.
É fundamental definir o seu objetivo, a sua missão, e assim
descrever qual o melhor caminho para atingir esta meta, quais estratégias
seguir para o alcance da realização . Lidere e comande sua carreira. As rédeas são suas e
não do cavalo. Abra caminho, não fique somente acompanhando a trilha que é
desbravada. Constata-se também que o ser humano é condicionado a acreditar e a
realizar ações sob óticas pré-estabelecidas, sendo muitas vezes aceitas sem
conhecer sua razão. A ferramenta do questionamento poucas vezes é utilizada.
Por isto, faz-se necessário a quebra de paradigmas.
Contudo,
essas inovações requerem bom senso. Conhecer e desenvolver meios adequados de
se implementar mudanças é de grande valia. Afinal, planos muito radicais tendem
a não gerar a aceitação, mas sim o repúdio. Toda inovação que ontem era vista
como aberração, hoje se tornou cotidiana. Assim pode-se evidenciar que o
ponto-chave é saber vender uma idéia nova de forma coerente, a fim de minimizar
esse tempo de aceitação. O profissional revolucionário cria um ambiente de
trabalho cordial e harmonioso. Está sempre atento aos sinais de cada pessoa,
procurando sempre entendê-las, encantá-las e motivá-las. Estando disposto a
ensinar e formar pessoas, fazendo da paciência e do bom senso as suas armas.
Essa medida tem impacto direto no resultado do funcionário.
Este, quando insatisfeito, se torna menos produtivo. Com a auto-estima elevada,
consegue produzir mais e de forma eficaz. Aumentando, assim, a capacidade do
sonhar. E os profissionais precisam ser ambiciosos em seus sonhos, não no
sentido pejorativo da palavra, mas em ser persistentes e determinados. O
verdadeiro sonho condiciona à superação das fronteiras, ao alcance dos desafios
e à manutenção da motivação e realização hoje e amanhã.
Um revolucionário não precisa ser igual a um líder de
renome, ter exatamente as qualidades que o evidenciam. É preciso apenas que se
identifique qual o seu talento nato e aplicá-lo em empreendimentos condizentes.
Ou seja, não é mudar a essência, é adquirir novas habilidades e adequar-se aos
ambientes, focando sua qualidades. Enfim, é ser você mesmo, de forma
entusiástica. Permita-se se surpreender.
Fonte
CAVALCANTE,
Gilberson. A (r)evolução profissional.
Disponível em: <http://vocesa.abril.com.br/aberto/vocenarede/pgart_06_03062004_41067.shl>.
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