domingo, 29 de abril de 2012

A (r)evolução profissional


É bem verdade que hoje o que se espera dos profissionais são várias virtudes e qualificações dignas de super-heróis (daqueles que almejávamos ser quando ainda brincávamos de ser gente grande). Nesta globalização, cenário de hipercompetição, se destacar entre tantos tem sido tarefa árdua e desafiadora. Busca-se com maior veemência despertar diferenciais, realizar feitos incomuns e ao mesmo tempo ser feliz em nossa escolha profissional. Isso não tem sido nem um pouco fácil, devido a quantidade de caminhos que podemos traçar, mergulhado em um oceano de informações a serem sondadas.

As vantagens tradicionais que cada profissão oferecia, e que eram sustentáveis, hoje não são mais. A necessidade de se manter em constante reciclagem chega a ser sufocante, visto a versatilidade e agilidade de nossos stakeholders (fornecedores, clientes, concorrentes etc.). Para tanto, exerça suas atividades de forma inovadora, renovando-se sempre e deixando de agir previsivelmente. Vale ressaltar que não é somente revolucionar (fazer de uma forma radical), mas evoluir periodicamente. A questão não é ser diferente, é não ser igual, como disse o headhunter Robert Wong. Ou seja, ser agressivo e não se acomodar, deixando explícito o seu posicionamento.

É fundamental definir o seu objetivo, a sua missão, e assim descrever qual o melhor caminho para atingir esta meta, quais estratégias seguir para o alcance da realização . Lidere e comande sua carreira. As rédeas são suas e não do cavalo. Abra caminho, não fique somente acompanhando a trilha que é desbravada. Constata-se também que o ser humano é condicionado a acreditar e a realizar ações sob óticas pré-estabelecidas, sendo muitas vezes aceitas sem conhecer sua razão. A ferramenta do questionamento poucas vezes é utilizada. Por isto, faz-se necessário a quebra de paradigmas.

Contudo, essas inovações requerem bom senso. Conhecer e desenvolver meios adequados de se implementar mudanças é de grande valia. Afinal, planos muito radicais tendem a não gerar a aceitação, mas sim o repúdio. Toda inovação que ontem era vista como aberração, hoje se tornou cotidiana. Assim pode-se evidenciar que o ponto-chave é saber vender uma idéia nova de forma coerente, a fim de minimizar esse tempo de aceitação. O profissional revolucionário cria um ambiente de trabalho cordial e harmonioso. Está sempre atento aos sinais de cada pessoa, procurando sempre entendê-las, encantá-las e motivá-las. Estando disposto a ensinar e formar pessoas, fazendo da paciência e do bom senso as suas armas.

Essa medida tem impacto direto no resultado do funcionário. Este, quando insatisfeito, se torna menos produtivo. Com a auto-estima elevada, consegue produzir mais e de forma eficaz. Aumentando, assim, a capacidade do sonhar. E os profissionais precisam ser ambiciosos em seus sonhos, não no sentido pejorativo da palavra, mas em ser persistentes e determinados. O verdadeiro sonho condiciona à superação das fronteiras, ao alcance dos desafios e à manutenção da motivação e realização hoje e amanhã.

Um revolucionário não precisa ser igual a um líder de renome, ter exatamente as qualidades que o evidenciam. É preciso apenas que se identifique qual o seu talento nato e aplicá-lo em empreendimentos condizentes. Ou seja, não é mudar a essência, é adquirir novas habilidades e adequar-se aos ambientes, focando sua qualidades. Enfim, é ser você mesmo, de forma entusiástica. Permita-se se surpreender.

Fonte
CAVALCANTE, Gilberson. A (r)evolução profissional. Disponível em: <http://vocesa.abril.com.br/aberto/vocenarede/pgart_06_03062004_41067.shl>.

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