desdobramento do judasgate: Juiz deverá ficar responsável por precatórios
O
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou nesta segunda-feira (21/5),
durante a 147ª sessão ordinária, proposta de elaboração de recomendação
aos tribunais de Justiça para que o setor de precatórios fique sob a
responsabilidade de um juiz auxiliar da Presidência de cada tribunal. Já
a coordenação da secretaria do setor deve ser ocupada necessariamente
por um servidor de carreira do tribunal.
A proposta foi apresentada pelo presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF) e do CNJ, ministro Ayres Britto, durante o julgamento do
processo de reclamação disciplinar para apurar suspeitas de
irregularidades no setor de precatórios do Tribunal de Justiça do Estado
do Rio Grande do Norte (TJRN). Ao final do julgamento, Ayres Britto
alertou que o setor de precatórios é um ponto de fragilidade no Poder
Judiciário, e precisa de cuidado especial dos tribunais.
No caso do Rio Grande do Norte, as apurações em andamento apontam
para desvio de R$ 13,2 milhões por servidores e dois desembargadores. Há
indícios de que, por meio de diversos expedientes, eram fraudados os
cofres públicos, utilizando-se pagamentos de precatórios duplicados ou
valores muito acima do devido a pessoas que nem eram credoras do setor
público.
O ministro Ayres Britto informou que primeiro o Conselho fará a
recomendação aos tribunais e ela pode se transformar em determinação,
caso os tribunais não adotem as providências de maior controle do
pagamento de precatórios. “Se ficar tudo na base da lantejoula, da
perfumaria, vamos para resolução”, disse. A ministra Eliana Calmon
explicou que alguns tribunais colocaram até desembargador para cuidar
dos precatórios, pois sabem que se trata de área sensível.
Gilson Luiz Euzébio
Agencia CNJ de Noticias
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