quinta-feira, 19 de julho de 2012

As mulheres são mais inteligentes

Desde que os testes de QI começaram a ser realizados há 100 anos, as mulheres tem ficado em média 5 pontos atrás dos homens. Convencionou-se dizer que as mulheres tinham menos 'inteligência cognitiva' do que os homens, mas que eram melhores na inteligência 'sócio-emocional'. Agora, um novo estudo do Professor James Flynn (uma autoridade mundial em testes de QI) que apenas será publicado na íntegra daqui alguns meses, coloca esse senso comum à prova. Ele entrevistou 1000 jovens de 15 a 18 anos em países tão diversos como a Austrália, Nova Zelândia, Africa do Sul, Estônia e Argentina.

Os resultados mostraram uma reversão da tendência com as mulheres apresentando uma média superior aos homens. Como um todo, desde que os testes existem, há um ganho no mundo em desenvolvimento de 3 pontos no teste. A novidade agora é que as mulheres estão na frente dos homens de modo consistente. Mais importante do que isso: a velocidade na qual as mulheres ultrapassaram os homens sugere que no futuro próximo os homens podem ficar bem para trás.

Do lado da 'batalha dos sexos', as mulheres vão dizer que 'já sabiam disso há muito tempo', e que não há nenhuma novidade nesses resultados. Os homens podem responder que possuem um número maior de neurônios, por volta de 3 bilhões e meio (se bem que grande parte deles já está comprometido com o futebol). As mulheres podem retrucar que são mais eficientes no uso dos neurônios (que são mais densos com células de 'matéria cinzenta') que tem e por isso não precisam de tantos.

O estudo de Flynn tem sido criticado por entrevistar somente adolescentes. Mas a crítica carece de fundamentação. Evidências científicas mostram que o padrão de QI das pessoas estabiliza muito cedo na vida, possivelmente por volta dos 10 anos de idade. Aos 15 anos, esse padrão já está bem estabelecido. Por outro lado, entrevistar além dos 18 anos não captaria esse momento de transição social que seu estudo visa caracterizar.

O ponto fundamental é que os resultados passados de QI são uma prova viva do impacto da discriminação na perda de potencial humano. Como disse o Dr Flynn, "Onde as mulheres tem igual oportunidade de usufruir do mundo moderno, elas se igualam no QI e superam no desempenho acadêmico". A habilidade superior das mulheres já era comprovada em várias áreas, como a linguística, de inteligência emocional, comunicação, micro-dexteridade, entre outras. Agora a gota d'água. Não se espantem se os homens ficarem muito para trás no futuro e começarem a ser chamado de 'o novo sexo frágil'. No íntimo, acho que todos os homens sempre souberam dessa verdade. Que se dê o valor e o respeito que a mulher merece e se termine o machismo que além de preconceituoso é ignorante!  

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