O ex-deputado Roberto Jefferson, uma das figuras mais icônicas do
escândalo do mensalão, disse estar preparado e tranquilo para o
julgamento que começa no dia 1º de agosto. Ele acredita que será
absolvido assim como seus colegas também envolvidos no esquema.
“Não vejo nenhuma chance de me condenarem. Muitos petistas serão
absolvidos. O julgamento será técnico e não político. Seria um absurdo
jurídico enorme! O Supremo não vai fazer isso”, afirma o ex-deputado
reeleito por unanimidade para voltar à presidência do PTB na
terça-feira (17).
Durante a cerimonia em que foi reeleito, o novo presidente do partido
contou porque decidiu botar a boca no trombone sobre o mensalão. Disse
que durante seu primeiro depoimento à CPI do Mensalão, sua filha Fabiana
ligou dizendo que a Polícia Federal estava fazendo uma busca e
apreensão em sua casa, em busca de dinheiro, revirando partes intimas da
sua casa.
Ele então perguntou quem chefiava a operação, e a filha disse que era
o procurador Bruno Acioly. Nesse momento, chorando, ele contou que
tomara a decisão, porque quando ferem a família, não tem volta.
Acusações
Roberto Jefferson acusou Arlindo Chinaglia (SP) de ter feito uma
proposta para que ele desistisse de continuar com as denúncias que
abalaram o governo de Lula em 2005. Pela proposta, Jefferson
entregaria a presidência do PTB ao então ministro Walfrido dos Mares
Guia (PSB). Depois seria escalado um “delegado ferrabrás” para trocar o
processo e um relatório pelo não indiciamento do petebista.
“Acharam que ia me acovardar. Me confundiram com o Valdemar Costa
Neto”, disse. De acordo com reportagem publicada pelo Estadão, Arlindo
Chinaglia negou as acusações de Roberto Jefferson. “Se existiu essa
conversa, não foi comigo”, alegou.
Com informações da Agência Globo e Agência Estado.
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