quinta-feira, 19 de julho de 2012

Mensalão: Roberto Jefferson não acredita em condenação

“Não vejo nenhuma chance de me condenarem", disse Roberto Jefferson durante cerimônia em que foi reeleito presidente do PTB (foto: Agência Brasil)

O ex-deputado Roberto Jefferson, uma das figuras mais icônicas do escândalo do mensalão, disse estar preparado e tranquilo para o julgamento que começa no dia 1º de agosto. Ele acredita que será absolvido assim como seus colegas também envolvidos no esquema.
“Não vejo nenhuma chance de me condenarem. Muitos petistas serão absolvidos. O julgamento será técnico e não político. Seria um absurdo jurídico enorme! O Supremo não vai fazer isso”, afirma o ex-deputado reeleito por unanimidade para voltar à presidência do PTB na terça-feira (17).

Durante a cerimonia em que foi reeleito, o novo presidente do partido contou porque decidiu botar a boca no trombone sobre o mensalão. Disse que durante seu primeiro depoimento à CPI do Mensalão, sua filha Fabiana ligou dizendo que a Polícia Federal estava fazendo uma busca e apreensão em sua casa, em busca de dinheiro, revirando partes intimas da sua casa.

Ele então perguntou quem chefiava a operação, e a filha disse que era o procurador Bruno Acioly. Nesse momento, chorando, ele contou que tomara a decisão, porque quando ferem a família, não tem volta.

Acusações
Roberto Jefferson acusou Arlindo Chinaglia (SP) de ter feito uma proposta para que ele desistisse de continuar com as denúncias que abalaram o governo de Lula em 2005.  Pela  proposta, Jefferson entregaria a presidência do PTB ao então ministro Walfrido dos Mares Guia (PSB). Depois seria escalado um “delegado ferrabrás” para trocar o processo e um relatório pelo não indiciamento do petebista.

“Acharam que ia me acovardar. Me confundiram com o Valdemar Costa Neto”, disse. De acordo com reportagem publicada pelo Estadão, Arlindo Chinaglia negou as acusações de Roberto Jefferson. “Se existiu essa conversa, não foi comigo”, alegou.  

Com informações da Agência Globo e Agência Estado.

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