CNJ investiga mulher do governador da Bahia
Maria de Fátima Carneiro de Mendonça, mulher do
governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), tornou-se servidora efetiva do
Tribunal de Justiça (TJBA) sem fazer concurso público. O salário dela,
enfermeira de profissão, é de mais de R$ 13 mil na Corte baiana.
Essa constatação foi feita pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
durante inspeção realizada em julho. Ao examinar o processo 13.690/2012,
o conselho verificou “eventual acumulação irregular de cargos públicos”
citando Maria de Fátima como ocupante de dois cargos distintos, um no
Executivo, como analista, e outro no Judiciário, como assessora de
supervisão geral. Em 2004, a mulher do governador assumiu cargo
comissionado e atualmente está lotada na Coordenação de Assistência
Médica.
Segundo o CNJ, Maria de Fátima seria servidora fantasma. “A mulher do
governador é do Tribunal de Justiça, está efetivada lá e ela nunca foi
lá”, aponta a corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon.
Para ela, situações como essa evidenciam “a existência de conluio” entre
o Executivo, o Judiciário e o Ministério Público da Bahia.
As assessorias do TJBA e do governador Jaques Wagner negaram
irregularidades na contratação da primeira-dama da Bahia. “Talvez a
ministra (a corregedora Eliana Calmon, do CNJ) não tenha conhecimento da
situação real da servidora (Maria de Fátima), que integra o quadro de
funcionários do Tribunal há mais de 20 anos e exerce cargo comissionado
há quase 14 anos, bem antes de seu esposo ser eleito e assumir o cargo
de governador do Estado da Bahia”, informou o TJBA, em nota.
Fonte: Agência Estado
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