segunda-feira, 27 de agosto de 2012

CNJ investiga mulher do governador da Bahia

Maria de Fátima Carneiro de Mendonça, mulher do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), tornou-se servidora efetiva do Tribunal de Justiça (TJBA) sem fazer concurso público. O salário dela, enfermeira de profissão, é de mais de R$ 13 mil na Corte baiana.

Essa constatação foi feita pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) durante inspeção realizada em julho. Ao examinar o processo 13.690/2012, o conselho verificou “eventual acumulação irregular de cargos públicos” citando Maria de Fátima como ocupante de dois cargos distintos, um no Executivo, como analista, e outro no Judiciário, como assessora de supervisão geral. Em 2004, a mulher do governador assumiu cargo comissionado e atualmente está lotada na Coordenação de Assistência Médica.

Segundo o CNJ, Maria de Fátima seria servidora fantasma. “A mulher do governador é do Tribunal de Justiça, está efetivada lá e ela nunca foi lá”, aponta a corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon. Para ela, situações como essa evidenciam “a existência de conluio” entre o Executivo, o Judiciário e o Ministério Público da Bahia.

As assessorias do TJBA e do governador Jaques Wagner negaram irregularidades na contratação da primeira-dama da Bahia. “Talvez a ministra (a corregedora Eliana Calmon, do CNJ) não tenha conhecimento da situação real da servidora (Maria de Fátima), que integra o quadro de funcionários do Tribunal há mais de 20 anos e exerce cargo comissionado há quase 14 anos, bem antes de seu esposo ser eleito e assumir o cargo de governador do Estado da Bahia”, informou o TJBA, em nota.

Fonte: Agência Estado

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