IMPERIALISMO
A subjugação e o
domínio de vastas áreas do planeta, por parte das nações mais avançadas tiveram
como principais motivações: a) a expansão do mercado, uma vez que os povos
conquistados viviam em sociedades não-capitalistas era imperativo forçá-los a
passar pelo que Marx chamava de acumulação primitiva, a fim de estabelecer
relações comerciais amplas e a dependência total do mercado; b) termos de troca
extremamente favoráveis aos países capitalistas industrializados. O que
efetivamente levava ao imperialismo era a necessidade de encontrar
oportunidades de investimento lucrativo para o capital excedente, essa busca
conduziu a partilha do mundo pelas associações capitalistas que se refletiu na
divisão política (territorial) do mundo pelas grandes potências. Segundo alguns
autores reformistas, essa divisão levaria a um período prolongado de paz
(Kautsky).
Lênin percebeu claramente que a Primeira
Guerra Mundial era uma conseqüência das disputas imperialistas pela expansão de
seus domínios (mercados), pois o capitalismo sempre engendrava uma disputa
incessante e frenética por lucros cada vez maiores. Essa corrida por lucros
estava transformando as nações avançadas em Estados-rentiers (usurários), que
existiam em função da exploração de nações pobres e de suas colônias, o que se configuraria
para Lênin num estado de capitalismo parasitário e decadente.
Para Lênin nenhuma reforma do
capitalismo que deixasse intacta suas bases (as leis da propriedade privada, o
mercado e a divisão de classes) poderia eliminar os males do imperialismo,
assim, somente uma revolução socialista seria capaz de conduzir a uma sociedade
comunista.
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