O Imperialismo: os autores e as ideias
Vladimir Ilitch Lenine (1870 – 1924): Membro fundador, principal
teórico e dirigente do Partido Bolchevique. Dirigiu o partido e os sovietes à
tomada de poder na Revolução Russa de 1917. Fundou a Internacional Comunista,
identificou o Imperialismo como fase superior do Capitalismo e enfatizou o
papel do partido como vanguarda da revolução. Livro: O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo.
Hobson, John Atkinson (1858-1940): Economista inglês, representante do reformismo e do pacifismo burguês. Livro: A Evolução do Capitalismo Moderno.
REFORMISMO:
Corrente política no seio do movimento
operário, que nega a necessidade da luta de classes, a revolução socialista e a
ditadura do proletariado, é favorável à colaboração entre as classes e aspira
converter o capitalismo numa sociedade de "prosperidade geral" com a
ajuda das reformas aplicadas no marco da legalidade burguesa. Surgiu no último
quarto do século XIX e se difundiu entre os partidos social-democratas. Em
1954, o Reformismo proclamou como sua doutrina oficial o "socialismo
democrático", oposto ao "comunismo científico" e orientado a
adaptar o capitalismo às novas condições históricas sem mudar a sua natureza.
Kautsky,
Karl (1854-1938): Um dos
dirigentes da social-democrada alemã e da II Internacional; inicialmente
marxista, mais tarde renegou o marxismo e foi o ideólogo do centrismo (kautskismo),
a mais perigosa variedade do oportunismo.
Diretor da revista teórica da social-democracia alemã Die
Neue Zeit
(O Novo Tempo). Kautsky no fundo negava a inevitabilidade da
revolução proletária e pronunciava-se contra a ditadura do proletariado. Foi o
ideólogo de uma das correntes do oportunismo mais
perigosas para o movimento operário — o centrismo (kautskismo).
Oportunismo:
Política de conciliação de classes, de cooperação
do proletariado com a burguesia. Por sua natureza social o Oportunismo é uma
manifestação da ideologia e da política pequeno-burguesas. O Oportunismo de
direita é um conjunto de opiniões teóricas e orientações táticas que se baseiam
na submissão ao movimento operário espontâneo, na idéia "reformista"
da transição gradual do capitalismo em socialismo e na renúncia à revolução
socialista e à conquista do poder pela classe operária. Reflete os estados de
ânimos da cúpula aburguesada da classe trabalhadora, a aristocracia operária, e
os setores médios da sociedade capitalista e é típico dos partidos socialistas
de direita.
No movimento comunista, o Oportunismo de direita se
manifesta em alguns períodos como "revisionismo de direita".
O "Oportunismo de Esquerda" é uma mescla
de proposições ultrarrevolucionárias e aventureiras que se apoiam nas ideias voluntaristas sobre a onipotência da "violência revolucionária".
Reflete as vacilações no ânimo social dos pequenos proprietários que se
arruínam e dos elementos incapazes de sustentar uma luta de classes firme e
organizada. Não levam em conta as etapas de desenvolvimento social e empurra o
movimento operário no caminho de aventuras políticas e sacrifícios sem sentido.
O Oportunismo de esquerda e de direita, apesar de toda a sua diferença e
aparente contradição, estão unidos pela hostilidade ao marxismo-leninismo.
O Novo Tempo
Revista
teórica do Partido Social-Democrata da Alemanha. Foi publicada em Stuttgart de 1883 a 1923. Na Die Neue Zeit foram publicadas pela
primeira vez certas obras dos fundadores do marxismo. Engels ajudava
com os seus conselhos a redação da revista e criticou-a por mais de uma vez por
se desviar do marxismo. A partir da segunda metade dos anos 1890, após a morte
de F. Engels, começaram a aparecer sistematicamente na
revista artigos dos revisionistas. Nos anos da primeira guerra mundial a
revista adotou uma posição centrista, apoiando de fato os sociais-chauvinistas.
Os propósitos teóricos de
Kautsky foram a base do Programa de Erfurt do Partido Social-Democrata alemão.
Kautsky tornou-se depois porta-voz do marxismo centrista, opondo-se à ala mais
radical dos sociais-democratas, e assumiu atitude hostil diante da Revolução
Russa, criticando o poder discricionário dos líderes soviéticos.
Depois de 1924, Kautsky
viveu em Viena, ocupando-se só de sua obra. Em 1938, com a invasão dos
nazistas, foi obrigado a fugir para Amsterdã.
Sem radicalismos
Em seus escritos, como em sua atitude
política na liderança dos sociais-democratas, Kautsky não foi o homem radical
que se esperava do sucessor de Engels. Considerava o Partido Social-Democrata
como revolucionário, "mas não um partido para fazer revoluções".
Encarava a revolução socialista como um "fenômeno natural", que
atravessaria uma evolução gradativa e se afirmava "pela força das
circunstâncias".
O gradualismo moderado de Kautsky o
afastou dos membros mais radicais do partido, tendo, contudo, a função prática
de atrair para o partido as facções liberais da burguesia alemã. Embora
contrário ao revisionismo de Bernstein, entendeu o marxismo de maneira tão
particular que foi muitas vezes acusado de ser "um revolucionário inimigo
das revoluções".
A maior parte das idéias de Kautsky,
depois aproveitadas para a orientação prática de sua política, já estão em
"As doutrinas econômicas de Karl Marx", obra na qual ele defende a
tese de um marxismo evolutivo. No entanto, quase toda a obra de Kautsky está
impregnada de concepções pré-marxistas, sobretudo de idéias iluministas e do
evolucionismo social de Darwin, dos quais tenta elaborar uma síntese em sua
obra mais importante do ponto de vista filosófico: "A interpretação
materialista das histórias".
O nome de Karl Kautsky é relembrado por
suas duas grandes contribuições às teorias socialistas: a primeira, com a
edição das notas manuscritas do que seria o 4º volume de "O Capital",
de Karl Marx, publicadas sob o título de "Teoria da mais-valia"; a
segunda, com a edição de seu livro "A
questão agrária".
Hilferding, Rudolf (1877-1941): Um dos dirigentes oportunistas da
social-democracia alemã e da II Internacional. Autor do livro O Capital Financeiro. Centrista nos anos
da primeira guerra mundial (1914-1918). Depois da guerra, autor da teoria do
«capitalismo organizado», apologista do capitalismo monopolista de Estado.
Bernstein, Eduard (1850-1932): Social-democrata alemão, ideólogo do revisionismo. Pouco
depois da morte de F. Engels apresentou
a exigência de revisão do marxismo. Lançando a fórmula oportunista «O movimento
é tudo, o objetivo final, nada», Bernstein pretendia que a social-democracia tinha
de rejeitar a luta pelo socialismo, pela revolução socialista e limitar-se à
luta por algumas reformas com o fim de melhorar as condições econômicas dos
operários sob o capitalismo.
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