terça-feira, 18 de setembro de 2012

AS DIFICULDADES DOS MUNICÍPIOS


Desde o dia 5 de julho, cerca e 15.500 homens e mulheres estão em campanha para ocupar uma das 5.568 cadeiras de prefeito disponíveis no Brasil. São quatro meses de caça aos votos, em que os candidatos brandem promessas generosas para conquistar os eleitores no dia 7 de outubro.

Os vencedores das eleições, porém, vão se deparar com uma realidade dura. As contas municipais não andam bem. A crise econômica provocou queda no repasse de verbas dos governos federal e estaduais. Cerca de dois terços das receitas municipais provêm desses repasses.

Somam-se a isso aumentos do salário mínimo e do piso nacional dos professores, que engrossam as despesas das prefeituras. O resultado é que muitos prefeitos vão ter dificuldades em fechar as contas de 2012. Quase metade deles admite que deve deixar restos a pagar a seus sucessores.

Alguns números das finanças municipais:

Contas dos municípios

Receitas (2005): 199 bilhões de reais
Despesas (2005): 189 bilhões de reais

Receitas (2010): 295 bilhões de reais
Despesas (2010): 290 bilhões de reais

Os municípios menores são mais dependentes de repasses da União (participação dos repasses no orçamento do município):
Até 50.000 habitantes: 80%
De 50.000 a 500.000 habitantes: 66%
Acima de 500.000 habitantes: 46%

393 programas são realizados pelos municípios em parceria com o governo federal, nas áreas de saúde, educação e assistência social, mas os municípios alegam que os repasses da União acompanham o crescimento dos gastos. Atualmente, as verbas são consideradas insuficientes para cobrir a maior parte dos custos dos programas.

Exemplo: Programa de Saúde da Família
Custo médio de uma equipe por mês: R$ 30.000,00
Repasse do governo federal mês por equipe: R$ 9.000,00.
Previsão da quebra de receita (repasses) para os municípios em 2012: 25 bilhões de reais.

Prefeituras com atraso médio no pagamento de fornecedores de 2,6 meses: 48%

Prefeituras que poderão deixar restos a pagar descobertos no final do mandato: 44%

Prefeituras que admitem estar com atrasos salariais médios de 1,4 meses: 11%.

Fonte CNM, via revista Exame.

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