A Comissão Econômica para a
América Latina e o Caribe (CEPAL) é uma das cinco comissões regionais da ONU,
que tem como mandato o estudo e a promoção de políticas para o desenvolvimento
de sua região, especialmente estimulando a cooperação entre os seus países e o
resto do mundo, funcionando como um centro de excelência de altos estudos. Os
países requerem um organismo com a capacidade de compilar informação,
analisá-la e fazer recomendações.
Desde 1948 a CEPAL contribui
para o debate da economia e da sociedade latino-americana e caribenha,
apresentando alertas, ideias e propostas de políticas públicas. Além de
identificar características estruturais que nos distinguem de outras regiões ou
de diferentes trajetórias de desenvolvimento, a CEPAL sempre apontou para os
desafios contra a desigualdade, para a luta contra a pobreza, para o fomento à
democracia, justiça e paz e para as opções de inserção na economia mundial.
As publicações estatísticas e a
análise da CEPAL não somente proveem informação sobre a região e/ou sobre um
país determinado, mas também permitem fazer comparações entre diferentes
períodos e países.
O Brasil, pelo seu território,
população e participação na economia da América Latina, foi e permanece sendo
uma das principais fontes e tema de análise dos relatórios e estudos da CEPAL.
A presença da CEPAL no Brasil teve início com um acordo de colaboração
entre a CEPAL e o BNDES, em outubro de 1952, quando foi criado o Grupo Misto de
Estudos CEPAL/BNDES, que se propunha a avaliar o ritmo de crescimento do país e
traçar programas de desenvolvimento para um período de dez anos, bem como
realizar cursos de capacitação técnica.
Em setembro de 1960 foi
instalado o Centro de Desenvolvimento Econômico CEPAL/BNDES no Rio de Janeiro,
considerado a primeira representação formal da CEPAL no Brasil. Na segunda
metade da década de 60 houve desvinculação do programa ao BNDES e, em 1968, foi
instalado, ainda no Rio de Janeiro, o Escritório Regional CEPAL/ILPES no
Brasil. O Escritório foi transferido para Brasília em 1978, a partir de um
acordo entre a CEPAL, o governo brasileiro e o IPEA.
Desde então, o Escritório
da CEPAL no Brasil tem
mantido, além do acordo com o IPEA, acordos com diversos organismos da
administração federal para cooperação técnica, analisando as transformações na
economia brasileira, prestando assistência técnica, realizando pesquisas,
treinamento de recursos humanos, organização de seminários, intercâmbio de
técnicos, bem como apoio a estados e municípios, entidades de classe e
universidades. Além desses, outros acordos com agências de cooperação e
governos de outros países têm possibilitado a realização de diversos projetos.
O Escritório divulga também os
cursos oferecidos pelo Sistema CEPAL em sua sede no Chile, e em outros países;
coordena a realização de cursos de capacitação técnica e treinamento oferecidos
no Brasil pela CEPAL e dissemina informações sobre as atividades e publicações
do Sistema CEPAL. O Escritório prepara regularmente o Boletim Estatístico da
Economia Brasileira, editado em português, inglês e espanhol, com informações
sistematizadas, que é enviado a um grande número de interessados, tanto no
Brasil como no exterior. Atua, ainda, como ponto de venda e distribuição, em
sua Biblioteca, dos trabalhos publicados pela Instituição.
O atual Diretor do Escritório
da CEPAL no Brasil é o brasileiro Carlos Henrique Fialho Mussi.
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