O município de Portalegre
recebeu nos últimos anos milhões de reais dos governos federal e estadual para
investimentos em projetos na área rural.
O dinheiro foi repassado para
inúmeras associações rurais que foram criadas, quase todas comandadas por
pessoas da confiança de NETO DA EMATER.
Infelizmente quando a fonte
de dinheiro secava os projetos eram abandonados por NETO e os agricultores
deixados a mercê da própria sorte.
O resultado desse tipo de
atuação é que inúmeros projetos não prosseguiram e as famílias de agricultores
contemplados acabavam por abandonar as produções. A falta de acompanhamento, de
assistência técnica e o abandono da prefeitura resultaram em numerosos
fracassos.
O interesse do ex-prefeito e
de seus fieis escudeiros (quase sempre os mesmos que participam de todas as
associações) cessa na mesma proporção que as verbas escasseiam.
Quem não se lembra dos
projetos de criação de galinha caipira, de tilápias, de renovação de cajueiros,
do turismo rural, do artesanato, da Sala da Agricultura Familiar, do Mercado do
Produtor Rural e tantos outros projetos (PAPP, PCPR, Desenvolvimento Solidário,
Farol do Desenvolvimento) que não tiveram os resultados esperados por falta de
interesse dos seus idealizadores.
O resultado do descaso foi a
redução apontada pelo IBGE nos indicadores da pecuária e agricultura do
município. Somente para ilustrar a falta de apoio ao homem do campo
apresentaremos algumas informações disponíveis no site do IBGE para os anos de
2008 e 2010 (último ano disponível).
Rebanhos
|
2008
|
2010
|
Bovinos
- efetivo dos rebanhos
|
2.344
cabeças
|
2.065
cabeças
|
Suínos -
efetivo dos rebanhos
|
1.822
cabeças
|
1.742
cabeças
|
Vacas
ordenhadas - quantidade
|
493
cabeças
|
495
cabeças
|
Leite
de vaca - produção – quantidade
|
288
mil litros
|
316
mil litros
|
Ovinos
– efetivo dos rebanhos
|
1.046
cabeças
|
1.029
cabeças
|
Mel de abelha - produção - quantidade
|
19.195
kgs
|
13.700
kgs
|
Fonte: IBGE
Os dados apresentam uma
redução acentuada do rebanho bovino e da produção de mel de abelha, diminuição
dos efetivos de ovinos e suínos e um pequeno crescimento do rebanho de vacas e
da produção de leite.
Em relação as lavouras
temporárias e permanentes selecionadas ocorreu também uma acentuada redução da
produção de cana de açúcar, milho, feijão, castanha de caju, permaneceu sem
alteração a produção de banana e cresceu apenas a produção de mandioca.
Lavouras
|
2008
|
2010
|
Castanha de caju - Quantidade produzida
|
976 toneladas
|
264 toneladas
|
Banana (cacho) - Quantidade produzida
|
44 toneladas
|
44 toneladas
|
Feijão (em grão) - Quantidade produzida
|
200 toneladas
|
04 toneladas
|
Mandioca - Quantidade produzida
|
320 toneladas
|
480 toneladas
|
Milho (em grão) - Quantidade produzida
|
750 toneladas
|
03 toneladas
|
Cana-de-açúcar - Quantidade produzida
|
375 toneladas
|
Zero
|
Fonte: IBGE
Link para pesquisa de outros
dados:
Mesmo que se considerem as
intempéries climáticas e todos sabem que elas existem é ilustrativo que algumas
atividades mantiveram-se estáveis e outras até apresentaram um pequeno
crescimento. Dificultando, portanto, a tese de colocar culpa pelo descalabro
somente no clima.
A verdade é que alguns se
beneficiaram bastante com os milhões que foram direcionados para Portalegre
através dos inúmeros programas, mas a capacidade produtiva dos agricultores
familiares pouco mudou e quase todos continuam dependentes de rendas não
agrícolas.
Para confirmar a falta de
continuidade dos projetos citaremos alguns casos bem conhecidos dos
agricultores de Portalegre.
A criação de peixes (tilápias)
em tanques-rede (gaiolas) mobilizou inúmeras famílias. O presidente do Conselho
do FUMAC a época, NETO e tantos outros incentivaram a formação de associações,
como a do sítio Lajes / Pedro Rodrigues. O projeto iniciou, o dinheiro veio,
foram comprados os materiais, os associados trabalharam muito e depois de algum
tempo... Somente o trabalho duro restou para aqueles que acreditaram nas
promessas da turma.
O projeto de criação de
galinhas caipira seguiu o mesmo roteiro: muito trabalho para aqueles que acreditaram
para, logo em seguida, ficar a sensação de que foram enganados.
O projeto de apicultura que
foi tão alardeado por NETO. Falou-se tanto na construção de uma Casa do Mel, um
entreposto, de parcerias com Fundação Banco do Brasil, SEBRAE, falou-se tanto
de quanto dinheiro seria repassado e investido na produção, falou-se tanto de
colmeias recebidas e tantos outros equipamentos.
Depois do oba-oba inicial (a
fase do dinheiro fácil) nada mais foi dito sobre a viabilidade da apicultura,
da criação de tilápias, das galinhas caipira e de tantos outros projetos
abandonados.
Agora falam muito em
maracujá (seria uma nova fase do dinheiro fácil?)
A Sala da Agricultura
Familiar onde estaria funcionando? Os cursos de artesanato foram realizados,
bastante dinheiro foi gasto (existindo dinheiro fácil tem sempre alguém muito
interessado no começo, deve ser somente coincidência), muito foi prometido e
agora artesãos e artesãs de Portalegre o que existe?
O turismo rural também foi
muito debatido, comentado e...nada?
Quantas associações rurais
existem em Portalegre? Quantas ainda estão em operação?
A verdade é que somente uma
ou duas associações continuam atuando, mais uma vez por coincidência, são
exatamente aquelas que dispõem de mais recursos. São as associações que o
ex-prefeito continua, juntamente com seu grupo, comandando diretamente.
Dizem que tais associações
movimentam ou já movimentaram milhões de reais em suas contas, mas são
informações não oficiais porque tais entidades não costumam publicar seus
balanços patrimoniais e demais informações contábeis, aliás, dizem que o
ex-prefeito tem certa aversão a transparência.
Um exemplo claro da falta de
vontade de compartilhar informações foi a tentativa que o ex-prefeito fez em
expropriar os proprietários das mercearias do Mercado Público. Com o pretexto
de transformar o Mercado Público em Mercado do Produtor Rural a Assessoria da
Jurídica da Prefeitura a mando de NETO entrou com uma ação de uso capião de
todo o Mercado (essa ação feita na surdina resultaria na perda do domínio dos
imóveis por parte dos proprietários).
Felizmente, Wilson Rêgo,
Lázaro, Erní, Narcísio Bessa e outros proprietários se reuniram e constituíram
advogado para impedir a ação do ex-prefeito.
A ação foi uma clara
demonstração de desprezo pela propriedade alheia, pois não impediu que a
prefeitura realizasse a reforma e a transformação do Mercado Público em Mercado
do Produtor Rural.
É evidente que mais esse
projeto só foi adiante enquanto existiam recursos em jogo, pois ninguém em
Portalegre tem dúvidas sobre o funcionamento do tal Mercado do Produtor Rural.
Em 07 de outubro será
somente sua consciência que poderá mudar o quadro que vivenciamos. Podemos
mudar e dar uma oportunidade a JOSÉ AUGUSTO administrar Portalegre e depois
poderemos julgar sua administração.
NETO DA EMATER já foi
prefeito (2001-2004), o grupo político ao qual pertence comanda Portalegre há
16 anos e os resultados? Quem não entendeu como está a situação da agricultura
familiar pode ler novamente o texto.
do facebook da Juventude Democrata de Portalegre
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