Um dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a condenar réus do mensalão, Marco Aurélio Mello atribuiu ontem a um "arroubo de retórica" a afirmação do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) de que, se for eleito presidente da Câmara, não pretende cumprir a decisão da Corte pela perda automática dos mandatos dos mensaleiros. "A declaração da perda do mandato é inequívoca que é do Parlamento", disse Alves em entrevista ao jornal Folha de S Paulo. Na entrevista, ele destacou que a "Constituição é clara" e, portanto, cada Poder deve ficar "no seu pedaço" "Não [abro mão do Congresso decidir]. Nem o Judiciário vai querer que isso aconteça. Na hora em que um Poder se fragiliza ou se diminui, não é bom para a democracia", afirmou.
"Foi um arroubo de retórica", comentou o ministro do STF. "Uma declaração de cunho eminentemente político", acrescentou. Marco Aurélio destacou o fato de que Henrique Alves está em campanha pela presidência da Câmara. "Está em uma caminhada visando o sucesso, visando chegar à cadeira de presidente", afirmou. "O discurso atende aos interesses dos parlamentares."
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[Marco Maia também teve um 'arroubo de retórica' e Celso de Melo afirmou que declarações eram irresponsáveis. Henrique indica seguir o caminho do desatino: teríamos a bancada do xilindró? Por falar em xilindró o candidato a prefeito de Olho D'água dos Borges, derrotado no último pleito, fez uma gravíssima acusação envolvendo Henrique Alves, mas não mereceu um grão de cabimento da 'mídia'. Antonimar disse que Henrique teria mandado comandante da polícia fuzilá-lo (AQUI). Huuummm!!!]
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