Sem subestações e linhas de transmissão suficientes para escoar energia, os parques eólicos instalados no Rio Grande do Norte estão com 66% da capacidade de geração ociosa. Dos mais de 900 megawatts (MW) em potência instalada, apenas 300 MW (1/3 do total) estão sendo gerados. Os 600 MW ociosos seriam suficientes para abastecer um estado do tamanho do Rio Grande do Norte. O cálculo é do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), mantido por empresas de energias renováveis nacionais e estrangeiras. As limitações no sistema de transmissão têm impedido novos investimentos no Estado.
A Dobrevê Energia S/A (Desa), uma das primeiras a instalar parques no RN, adiou o plano de investir mais R$ 1 bilhão no Rio Grande do Norte. A companhia está investindo R$ 1,2 bilhão em oito parques - cinco deles concluídos há sete meses - mas ainda não gerou um único quilowatt (kW), por falta de linhas de transmissão. "Estamos investindo R$ 1,2 bilhão nestes oito parques, sem considerar o valor gasto com a medição de vento. Poderíamos dobrar este investimento, aplicar mais R$ 1 bilhão, se existissem linhas de transmissão no estado", afirma Carlos Augusto Brandão, presidente da Desa, em entrevista a TRIBUNA DO NORTE.
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