De 2005 para 2011, o contingente de pessoas que usaram a internet ao
menos uma vez nos três meses anteriores à coleta da PNAD (que ocorreu no último
trimestre de 2011) aumentou 143,8%, ou seja, em seis anos o número de
internautas no país cresceu 45,8 milhões, chegando a 77,7 milhões de pessoas de
10 anos ou mais de idade (46,5% do total) em 2011. Em 2009, o número de
internautas foi estimado em 67,7 milhões, representando 41,6% da população
alvo. Nos anos de 2008 e 2005, estes totais foram estimados em 55,7 milhões
(34,7% dessa população) e 31,9 milhões (20,9%), respectivamente.
Em 2011, mais de um terço população de 10 anos ou mais de idade das
regiões Norte e Nordeste havia acessado a internet, ante pouco mais de um
décimo em 2005. Em 2011, mais da metade da população do Sudeste (54,2%), do
Centro-Oeste (53,1%) e do Sul (50,1%) tinham acessado a internet, contra 26,2%,
23,4% e 25,5% em 2005, respectivamente. Entre as unidades da Federação, os
maiores percentuais de acessos foram registrados no Distrito Federal (71,1%),
São Paulo (59,5%) e Rio de Janeiro (54,4%) e os menores no Maranhão (24,1%),
Piauí (24,2%) e Pará (30,7%).
Percentual de internautas ainda
é maior entre jovens
Em 2011, o acesso à internet continuou sendo maior entre os jovens: os
grupos etários de 15 a 17 anos (74,1%) e de 18 ou 19 anos de idade (71,8%) já
tinham sido apontados, nos anos anteriores da pesquisa, com os maiores
percentuais de pessoas que acessaram a rede. De 2005 para 2008, o aumento da
proporção de pessoas que acessaram a internet foi maior nos grupos com idades
de 10 a 24 anos. Já de 2008 para 2011, o maior aumento se deu nos grupos
etários de 25 a 39 anos de idade. Destaca-se também o aumento do percentual de
pessoas de 50 anos ou mais de idade que acessavam a internet, de 7,3%, em 2005,
para 18,4%, em 2011.
Acesso à internet chegou a
90,2% entre pessoas com 15 ou mais anos de estudo
Na análise da escolaridade dos internautas, observou-se que, de 2005
para 2011, no grupo dos sem instrução e com menos de quatro anos de estudo, o
percentual passou de 2,5% para 11,8%. No mesmo período, no grupo com 15 ou mais
anos de estudo, a estimativa aumentou de 76,1% para 90,2%.
A participação dos estudantes entre os que usaram a internet no período
pesquisado diminuiu de 43,4% em 2005 para 35,1% em 2011. A redução é explicada,
principalmente, por dois fatores: maior aumento de usuários entre os não
estudantes (aumento de 179,7%); e queda de 3,2% observada no contingente total
de estudantes – devido ao envelhecimento da população. Em 2011, do contingente
de 37,5 milhões de estudantes com 10 anos ou mais de idade, 72,6% acessaram a
internet, mais que o dobro do observado em 2005 (35,7%). O total de estudantes
internautas aumentou em 13,4 milhões, ou seja, 97,1%. Entre os não-estudantes,
os que acessaram a internet representavam 38,9% em 2011 e 15,9% em 2005.
Em 2011, dos 29,2 milhões de estudantes da rede pública, 19,2 milhões
(65,8%) usaram a internet. Já entre os 8,4 milhões de estudantes da rede
privada, 8,1 milhões (96,2%) usaram a internet. Em 2005, 24,1% dos estudantes
da rede pública e 82,4% da rede privada utilizaram a internet.
Participação da população não
ocupada no acesso à internet aumentou
Em 2011, das 77,7 milhões de pessoas que utilizaram a internet, 60,1%
(46,7 milhões) trabalhavam e 39,9% (31,0 milhões), não trabalhavam. A
comparação com 2005, quando das pessoas que acessaram a internet, 62,1% (19,8
milhões) estavam ocupadas e 37,9% (12,1 milhões) não estavam ocupadas, mostrou
avanço da participação dos não ocupados entre aqueles que acessaram a internet.
Em 2011, 89,3 milhões de pessoas não utilizaram a internet, 25,8% a menos que
em 2005. A maior redução, de 30,2%, aconteceu entre os ocupados, contra uma
redução de 20,3% dos não ocupados.
Em 2011, cerca de metade dos 93,5 milhões de trabalhadores (49,9% ou
46,7 milhões) utilizou a internet. Em 2005, esse percentual era de 22,8% (19,8
milhões).
A participação das pessoas não ocupadas que utilizaram a internet sofreu
elevação significativa de 2005 para 2011: 18,4% em 2005 (12,1 milhões) para
42,2% (31,0 milhões) em 2011.
Proporção de internautas
aumentou mais nas classes de rendimento mais baixo
A análise do perfil dos internautas por classe de
rendimento mensal domiciliar per capita mostrou que o acesso à internet
aumenta com a renda. Na série histórica, os percentuais de internautas
aumentaram em todas as classes, especialmente nas de rendimento mais baixo: no
grupo sem rendimento e com até ¼ de salário mínimo, o percentual de pessoas que
acessaram a internet cresceu de 3,8% em 2005 para 21,4% em 2011; no grupo de
mais de ¼ até metade do salário mínimo, ele foi de 7,8% para 30%, no grupo de ½
a um salário, de 15,8% para 39,5%. Observou-se, também, que, em todos os anos
pesquisados, o percentual de internautas foi maior na classe de rendimento de
três a cinco salários mínimos, ultrapassando, inclusive, a classe de cinco ou
mais salários mínimos.
Contingente de pessoas com
telefone celular no Nordeste cresceu 174,3% em seis anos
Enquanto a população de 10 anos ou mais de idade aumentou 9,7% entre
2005 e 2011, passando de 152,3 milhões de pessoas para 167,0 milhões, o
contingente de pessoas de 10 anos ou mais de idade que tinham telefone móvel
celular para uso pessoal aumentou de 55,7 milhões de pessoas com aparelhos
(36,6%) em 2005 para 115,4 milhões (69,1%), indicando aumento de 107,2%.
Entre as regiões, três apresentaram aumento do contingente de pessoas
que tinham telefone móvel celular menor que 100,0%: no Sul, 66,7% (7,1 milhões
de pessoas); no Centro-Oeste, 88,1% (4,6 milhões) e no Sudeste, 95,8% (25,8
milhões). Já o Nordeste registrou crescimento de 174,3%, no contingente de
pessoas que tinham telefone móvel celular no mesmo período (17,2 milhões) – o
maior aumento dentre todas as grandes regiões -, seguida do Norte, com um
crescimento de 166,7% (5,0 milhões).
Em 2011, o Distrito Federal (87,1%), o Rio Grande do Sul (76,9%) e Goiás
(77,7%) apresentaram os maiores percentuais de pessoas que tinham telefone
móvel celular entre a população de 10 anos ou mais de idade. Por outro lado, o
Maranhão (45,2%), o Piauí (52,2%) e o Pará (57,2%) apresentaram os menores.
Percentual de mulheres com
celular ultrapassou o dos homens
Em comparação com as estimativas de 2005, 2008 e 2009, o percentual de
mulheres que tinham telefone móvel celular para uso pessoal ultrapassou o de
homens pela primeira vez em 2011: 68,7% (55,2 milhões) e 69,5% (60,3 milhões),
respectivamente para homens e mulheres. Em 2005, a estimativa em relação ao
total da população havia sido de 36,9%, sendo de 38,0% para os homens e de
35,2% para as mulheres.
Proporção de pessoas com celular
é maior na faixa de 30 a 34 anos de idade
Na análise etária, o percentual de detentores de aparelho móvel celular
para uso pessoal crescia com o aumento da idade, partindo de 41,9%, na faixa de
10 a 14 anos de idade, e atingindo 83,2% no grupo 30 a 34 anos. A partir
daqueles de 35 anos ou mais, notou-se decréscimo das proporções, chegando a
43,9% no grupo de pessoas de 60 anos ou mais. Contudo, foi nos grupos de 35 a
39 anos e de 40 a 44 anos que houve o maior ganho de participação, em torno de
37,0 pontos percentuais em seis anos.
Posse de telefone celular
aumenta com a escolaridade
A investigação da posse do telefone móvel celular em função da
escolaridade mostrou que o percentual de pessoas com aparelho aumentava com o
nível de instrução, indo de 36,6% da população sem instrução e com menos de um
ano de estudo até 94,7% da população com 15 ou mais anos de estudo. A relação
se repetiu em todas as regiões do país; destaca-se que o Centro-Oeste teve a
maior proporção de pessoas sem instrução e com menos de um ano de estudo que
tinham telefone móvel celular: 52,2%.
89,8% das pessoas com
rendimento entre 3 e 5 salários mínimos têm celular
O percentual de pessoas com posse de celular
aumentou com as classes de rendimento mensal domiciliar per
capita do grupo sem rendimento e com até ¼ de salário mínimo
até o grupo de três a cinco salários mínimos. Em 2011, 41,0% das pessoas sem
rendimento e com até ¼ de salário mínimo tinham celular, assim como 89,8% das
pessoas com entre três e cinco salários mínimos e 82,7% das pessoas com
rendimento acima de cinco salários mínimos.
Comunicação Social - IBGE
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