domingo, 21 de julho de 2013

RIO GRANDE DO NORTE E O ISDM - 2000 / 2010

Rio Grande do Norte apresentou em 2000 o 15º e em 2010 o 13º maiores valores do ISDM dentre as UFs. Observando os dados do ISDM, vê-se que em 2000, o indicador foi de 4,30 enquanto em 2010 foi de 4,43, ambos abaixo da média do Brasil, igual a 5,00.

Pode-se verificar o desempenho do estado em ambos os anos do ISDM e nas cinco dimensões.  O Rio Grande do Norte apresentou um aumento em relação à média do Brasil no ISDM entre 2000 e 2010, e também em quase todas as dimensões que o compõem, exceto  Trabalho e  Educação. Além disso, apresentou uma queda na posição relativa na dimensão Saúde e Segurança, pois em 2000 era a 17ª UF com maior resultado e passou para a posição 23ª em 2010, mesmo tendo apresentando um melhor resultado.

Nessa dimensão, as variáveis apresentaram um resultado similar ao da média nacional. 

Por exemplo, a mortalidade proporcional por doenças com causas evitáveis de menores de 5 anos foi de 69,58 no Maranhão, enquanto a média nacional atingiu 69,12 e a taxa de mortalidade infantil por 100 nascidos vivos foi de 13,38%, sendo que a média nacional foi de 13,98%.

Outra dimensão que merece destaque é a Renda, em que o estado aumentou duas posições no ranking entre as UFs, tendo passado da  16ª para a 14ª posição com maior resultado entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas com renda domiciliar per capita baixo da linha de pobreza foi de 25,35%, enquanto a média nacional foi de 17, 59%. Já a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita abaixo da linha de extrema pobreza foi de 12,20%, enquanto a média nacional foi de 9,30%.

Isso seria um indício de que o estado melhorou em relação a algumas UFs nessa dimensão, pois mesmo que esteja abaixo da média do Brasil conseguiu melhorar a sua posição.

Composto por 167 municípios, o Rio Grande do Norte  apresentou um resultado satisfatório quando comparado às outras UFs e um bom resultado na sua região.

A Tabela sintetiza os resultados do próprio estado, de sua capital e dos municípios com maior e menor desempenho no ISDM e suas dimensões em 2010.
  


Unidade territorial
ISDM
Habitação
Renda
Trabalho
Saúde e segurança
Educação
Média UF
RN
4,43
4,47
4,55
4,73
4,91
3,90
Capital
NATAL
5,22
4,95
5,37
5,58
5,63
4,67
Maior ISDM
ACARI
5,24
5,70
5,00
4,84
5,29
5,09
Menor ISDM
JOÃO DIAS
2,37
3,48
1,88
4,39
1,45
0,84


A capital do estado do Rio Grande do Norte, a cidade de Natal, com cerca de 800 mil habitantes obteve um resultado de 5,22 no ISDM em 2010, situando-se acima da média nacional. Ademais, em todas as dimensões Natal superou o resultado estadual e somente nas dimensões Habitação e Educação não ficou acima da média nacional. 

Na dimensão Renda, a capital obteve 5,37, enquanto o estado obteve 4,55, ou seja, apresentou desempenho superior à média do estado. Isso se deveu tanto pelo fato de a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita abaixo da linha de extrema pobreza ter sido de apenas 5,44%, enquanto a média estadual foi de 12,20%. Outro fator foi a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza: 12,73% na capital contra 25,35% no estado. 

A dimensão que ficou mais distante positivamente da média nacional foi Saúde e Segurança, com 5,63, sendo que a variável com maior destaque nessa dimensão foi a mortalidade proporcional por doenças com causas evitáveis de menores de 5 anos. Natal obteve 61,17%, sendo que a média nacional foi de 69,12% e a média estadual 69,58%. Além disso, enquanto a média nacional para a mortalidade proporcional por doenças com causas evitáveis na população de 5 a 74 anos foi de 77,50%, Natal obteve 98,15%.

Outra dimensão que merece destaque é Habitação, que apresentou desempenho inferior ao do Brasil: 4,95. Um dos motivos que pressionou esse resultado para baixo foi a proporção de pessoas que viviam em domicílio próprio de algum morador de apenas 30,93%, enquanto a média nacional foi de 53,42%.

Entretanto, um destaque positivo na dimensão foi a elevada proporção de pessoas que viviam em domicílio atendido por coleta de lixo (98,82% contra 83,44% do estado e 85,85% do Brasil). Este desempenho da cidade de Natal no ISDM a colocou na 2ª posição na classificação dos 167 municípios do estado e na 1668ª do Brasil, ou seja, ficou entre os 30% municípios no país com melhor desempenho. 

O município de Acari foi aquele com maior ISDM no Rio Grande do Norte, tendo obtido um resultado de 5,24 e ocupando o 1608º lugar no ranking do ISDM no Brasil. Seu melhor desempenho foi na dimensão Habitação, tendo apresentado todas as variáveis com resultado maior do que a média estadual e nacional, exceto a proporção de pessoas que viviam em domicílio próprio de algum morador, em que obteve 74,26% e as médias estadual e nacional foram 75,62% e 75,15%, respectivamente. A dimensão em que teve o pior desempenho foi Renda, na qual ficou igual à média nacional. A proporção de pessoas com renda domiciliar per capita abaixo da linha de  pobreza atingiu 21,10% enquanto a média nacional foi de 17,59%. 

O município João Dias foi aquele com menor ISDM no Rio Grande do Norte, tendo obtido um resultado de 2,37, e correspondido ao 5344º município com maior ISDM no Brasil. Seu melhor desempenho foi em  Trabalho, apesar da baixa taxa de formalização entre os empregados (38,54% contra 64,67% no estado e 72,28% no Brasil). Seu pior desempenho foi na dimensão  Educação, com destaque para a baixa proporção de indivíduos com mais de 18 anos não alfabetizados, que foi de 39,07%, sendo que a média estadual foi de 19,06% e a nacional de 10,01%.

Relatório AQUI.

Nenhum comentário:

Postar um comentário