Rio Grande do Norte apresentou em 2000 o 15º e em 2010 o 13º maiores valores do ISDM dentre as UFs. Observando os dados do ISDM, vê-se que em 2000, o indicador foi de 4,30 enquanto em 2010 foi de 4,43, ambos abaixo da média do Brasil, igual a 5,00.
Pode-se verificar o desempenho do estado em ambos os anos do ISDM e nas cinco dimensões. O Rio Grande do Norte apresentou um aumento em relação à média do Brasil no ISDM entre 2000 e 2010, e também em quase todas as dimensões que o compõem, exceto Trabalho e Educação. Além disso, apresentou uma queda na posição relativa na dimensão Saúde e Segurança, pois em 2000 era a 17ª UF com maior resultado e passou para a posição 23ª em 2010, mesmo tendo apresentando um melhor resultado.
Nessa dimensão, as variáveis apresentaram um resultado similar ao da média nacional.
Por exemplo, a mortalidade proporcional por doenças com causas evitáveis de menores de 5 anos foi de 69,58 no Maranhão, enquanto a média nacional atingiu 69,12 e a taxa de mortalidade infantil por 100 nascidos vivos foi de 13,38%, sendo que a média nacional foi de 13,98%.
Outra dimensão que merece destaque é a Renda, em que o estado aumentou duas posições no ranking entre as UFs, tendo passado da 16ª para a 14ª posição com maior resultado entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas com renda domiciliar per capita baixo da linha de pobreza foi de 25,35%, enquanto a média nacional foi de 17, 59%. Já a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita abaixo da linha de extrema pobreza foi de 12,20%, enquanto a média nacional foi de 9,30%.
Isso seria um indício de que o estado melhorou em relação a algumas UFs nessa dimensão, pois mesmo que esteja abaixo da média do Brasil conseguiu melhorar a sua posição.
Composto por 167 municípios, o Rio Grande do Norte apresentou um resultado satisfatório quando comparado às outras UFs e um bom resultado na sua região.
A Tabela sintetiza os resultados do próprio estado, de sua capital e dos municípios com maior e menor desempenho no ISDM e suas dimensões em 2010.
Unidade territorial
|
ISDM
|
Habitação
|
Renda
|
Trabalho
|
Saúde e segurança
|
Educação
| |
Média UF
|
RN
|
4,43
|
4,47
|
4,55
|
4,73
|
4,91
|
3,90
|
Capital
|
NATAL
|
5,22
|
4,95
|
5,37
|
5,58
|
5,63
|
4,67
|
Maior ISDM
|
ACARI
|
5,24
|
5,70
|
5,00
|
4,84
|
5,29
|
5,09
|
Menor ISDM
|
JOÃO DIAS
|
2,37
|
3,48
|
1,88
|
4,39
|
1,45
|
0,84
|
A capital do estado do Rio Grande do Norte, a cidade de Natal, com cerca de 800 mil habitantes obteve um resultado de 5,22 no ISDM em 2010, situando-se acima da média nacional. Ademais, em todas as dimensões Natal superou o resultado estadual e somente nas dimensões Habitação e Educação não ficou acima da média nacional.
Na dimensão Renda, a capital obteve 5,37, enquanto o estado obteve 4,55, ou seja, apresentou desempenho superior à média do estado. Isso se deveu tanto pelo fato de a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita abaixo da linha de extrema pobreza ter sido de apenas 5,44%, enquanto a média estadual foi de 12,20%. Outro fator foi a proporção de pessoas com renda domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza: 12,73% na capital contra 25,35% no estado.
A dimensão que ficou mais distante positivamente da média nacional foi Saúde e Segurança, com 5,63, sendo que a variável com maior destaque nessa dimensão foi a mortalidade proporcional por doenças com causas evitáveis de menores de 5 anos. Natal obteve 61,17%, sendo que a média nacional foi de 69,12% e a média estadual 69,58%. Além disso, enquanto a média nacional para a mortalidade proporcional por doenças com causas evitáveis na população de 5 a 74 anos foi de 77,50%, Natal obteve 98,15%.
Outra dimensão que merece destaque é Habitação, que apresentou desempenho inferior ao do Brasil: 4,95. Um dos motivos que pressionou esse resultado para baixo foi a proporção de pessoas que viviam em domicílio próprio de algum morador de apenas 30,93%, enquanto a média nacional foi de 53,42%.
Entretanto, um destaque positivo na dimensão foi a elevada proporção de pessoas que viviam em domicílio atendido por coleta de lixo (98,82% contra 83,44% do estado e 85,85% do Brasil). Este desempenho da cidade de Natal no ISDM a colocou na 2ª posição na classificação dos 167 municípios do estado e na 1668ª do Brasil, ou seja, ficou entre os 30% municípios no país com melhor desempenho.
O município de Acari foi aquele com maior ISDM no Rio Grande do Norte, tendo obtido um resultado de 5,24 e ocupando o 1608º lugar no ranking do ISDM no Brasil. Seu melhor desempenho foi na dimensão Habitação, tendo apresentado todas as variáveis com resultado maior do que a média estadual e nacional, exceto a proporção de pessoas que viviam em domicílio próprio de algum morador, em que obteve 74,26% e as médias estadual e nacional foram 75,62% e 75,15%, respectivamente. A dimensão em que teve o pior desempenho foi Renda, na qual ficou igual à média nacional. A proporção de pessoas com renda domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza atingiu 21,10% enquanto a média nacional foi de 17,59%.
O município João Dias foi aquele com menor ISDM no Rio Grande do Norte, tendo obtido um resultado de 2,37, e correspondido ao 5344º município com maior ISDM no Brasil. Seu melhor desempenho foi em Trabalho, apesar da baixa taxa de formalização entre os empregados (38,54% contra 64,67% no estado e 72,28% no Brasil). Seu pior desempenho foi na dimensão Educação, com destaque para a baixa proporção de indivíduos com mais de 18 anos não alfabetizados, que foi de 39,07%, sendo que a média estadual foi de 19,06% e a nacional de 10,01%.
Relatório AQUI.
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