Alex RégisSindicalistas afirmam que a atividade desacelerou, sobretudo em terra, e que o cenário também é negativo em outros estados
A informação, segundo uma fonte ligada ao setor em Mossoró, teria sido repassada também aos funcionários demitidos. “Eles disseram: a unidade vai fechar. Vocês querem ir para Macaé (Rio de Janeiro)? Quem não quis ir, foi demitido”, afirmou a fonte que pediu para não ter a identidade revelada. A Halliburton, que tem sua sede nos Estados Unidos, foi procurada, mas não respondeu até o fechamento da edição. A diretora de Recursos Humanos da multinacional, Dalila Muniz, também não atendeu as ligações.
Só este ano, o Sindipetro/RN homologou 408 demissões de terceirizados em Mossoró. Em 2012, foram 897. O número real, segundo Pedro Idalino, um dos diretores do Sindicato, pode ser muito maior, já que o sindicato só homologa a demissão de funcionários com um ano ou mais de empresa, e não inclui em sua estatística o número de demissões homologadas por outros oito sindicatos ligados ao setor.
Desmobilização
Nildo Cabral, assessor jurídico do sindicato, observa que as demissões dos terceirizados da Petrobras ficaram mais intensas em 2012, com a desmobilização de sondas de perfuração e produção. Só a Empercom, empresa potiguar contratada pela Petrobras para operar sondas de produção e cuidar da manutenção dos poços de petróleo, demitiu metade dos funcionários de 2012 para 2013. Em pouco mais de um ano, a empresa teve que dispensar 450 dos seus 900 funcionários. Boa parte deles, afirma a Empercom, já foram absorvidos por outras empresas.
A Halliburton não seria a única prestadora de serviços da Petrobras a deixar o RN. De acordo com levantamento realizado pelo sindicato dos Petroleiros, pelo menos 17 empresas fecharam as portas em Mossoró entre 2011 e 2013. Na lista, estão empresas de peso como a Petrosynergy, controlada pelo Grupo Synergy - conglomerado presente em vários países da América Latin - e a Skanska, gigante da construção civil mundial. “Vários contratos foram entregues pelas empresas, que não aguentaram a pressão da Petrobras. A estatal tem contratado menos serviços e proposto valores mais baixos para os contratos”, justifica Pedro Idalino.
O setor já fala em desmanche da estrutura montada pela Petrobras no RN, embora a estatal negue. Segundo empresários do ramo, o número de sondas de produção e perfuração mantidas pela Petrobras no estado caiu de 45, em 2012, para 20 em 2013.
O comércio, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Mossoró, tem sido diretamente afetado. “O comércio em Mossoró parou”, afirma Elviro Rebouças, diretor executivo da CDL do município. A situação, afirma Ubiraney Porto, membro da diretoria da Federação Única dos Petroleiros (FUP), é generalizada. “O mesmo tem ocorrido em outros estados com produção de petróleo em terra”, afirma.
Só este ano, o Sindipetro/RN homologou 408 demissões de terceirizados em Mossoró. Em 2012, foram 897. O número real, segundo Pedro Idalino, um dos diretores do Sindicato, pode ser muito maior, já que o sindicato só homologa a demissão de funcionários com um ano ou mais de empresa, e não inclui em sua estatística o número de demissões homologadas por outros oito sindicatos ligados ao setor.
Desmobilização
Nildo Cabral, assessor jurídico do sindicato, observa que as demissões dos terceirizados da Petrobras ficaram mais intensas em 2012, com a desmobilização de sondas de perfuração e produção. Só a Empercom, empresa potiguar contratada pela Petrobras para operar sondas de produção e cuidar da manutenção dos poços de petróleo, demitiu metade dos funcionários de 2012 para 2013. Em pouco mais de um ano, a empresa teve que dispensar 450 dos seus 900 funcionários. Boa parte deles, afirma a Empercom, já foram absorvidos por outras empresas.
A Halliburton não seria a única prestadora de serviços da Petrobras a deixar o RN. De acordo com levantamento realizado pelo sindicato dos Petroleiros, pelo menos 17 empresas fecharam as portas em Mossoró entre 2011 e 2013. Na lista, estão empresas de peso como a Petrosynergy, controlada pelo Grupo Synergy - conglomerado presente em vários países da América Latin - e a Skanska, gigante da construção civil mundial. “Vários contratos foram entregues pelas empresas, que não aguentaram a pressão da Petrobras. A estatal tem contratado menos serviços e proposto valores mais baixos para os contratos”, justifica Pedro Idalino.
O setor já fala em desmanche da estrutura montada pela Petrobras no RN, embora a estatal negue. Segundo empresários do ramo, o número de sondas de produção e perfuração mantidas pela Petrobras no estado caiu de 45, em 2012, para 20 em 2013.
O comércio, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Mossoró, tem sido diretamente afetado. “O comércio em Mossoró parou”, afirma Elviro Rebouças, diretor executivo da CDL do município. A situação, afirma Ubiraney Porto, membro da diretoria da Federação Única dos Petroleiros (FUP), é generalizada. “O mesmo tem ocorrido em outros estados com produção de petróleo em terra”, afirma.
TN
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