terça-feira, 6 de agosto de 2013

tribuna do norte: HWG desabastecimento se agrava

A falta de materiais básicos é mais um dos problemas que o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel/Clóvis Sarinho enfrenta diariamente. De acordo com a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde), Rosália Fernandes, foi feito um levantamento com técnicos de enfermagem e enfermeiros com o que está faltando. Sondas vesicais, cânula de traqueia  luvas, ampolas e Fitas de HGT (aparelho que mede a glicose), são alguns dos itens ausentes no hospital.
vlademir alexandreNa manhã de ontem, os corredores do Walfredo Gurgel estavam superlotados. Pelo menos 35 pacientes aguardavam leitos de UTINa manhã de ontem, os corredores do Walfredo Gurgel estavam superlotados. Pelo menos 35 pacientes aguardavam leitos de UTI

Diante da situação, os corredores do HWG continuam cheios. Ontem  tinham no hospital 35 pacientes aguardando leito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e outros 42 aguardavam leito na ortopedia.  Os corredores estavam tão cheios que, no horário do almoço, não havia espaço para a circulação do carrinho que distribui a alimentação dos pacientes. 

A transferência de pacientes para outros hospitais, no caso da ortopedia, ficou complicado porque das 12 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), apenas cinco estão funcionando, devido a retenção de macas no interior do Hospital Walfredo Gurgel. 


Já no Hospital Dr. José Pedro Bezerra, o Santa Catarina, contando UTI Adulto e Maternidade, 270 pessoas deram entrada no último final de semana, quando devido à greve na saúde estadual somente 50% dos técnicos de enfermagem estavam trabalhando. “A gente não para aqui. São 51 leitos na maternidade para cinco pessoas que trabalharam no final de semana e o excesso de trabalho independe de paralisação”, disse a técnica de enfermagem, Maria do Socorro. 

O trabalho dela, assim como de outros profissionais de mesma função é dar banho, medicar mãe e bebê, observar o quadro de evolução e fazer a Declaração Nascido Vivo (DNV), serviço que falta gente para fazer. Adriana de Sousa, técnica de enfermagem do Santa Catarina e membro da diretoria de Sindsaúde, adiantou que há ainda a possibilidade de redução do quadro em 30%. “Vamos esperar até essa semana para que a governadora nos receba com a pauta de reivindicação. Se não fomos atendidos, vamos reduzir ainda mais o número de gente trabalhando aqui”, disse. 

Se houver essa diminuição, a situação da mãe de Ivanilde Feliciano Aguiar vai ficar mais complicada. Isso porque Rita Fernandes, de 89 anos, teve um exame de Tomografia Computadorizada pedido desde o último dia 29 e está sem se alimentar. Ela tem pancreatite aguda e precisa fazer circurgia para a retirada de pedras na vesícula para poder se alimentar regularmente.

UPAs superlotam 

Os serviços ambulatoriais, testes do pezinho e vacinas, no caso da maternidade, estão sendo encaminhados do Santa Catarina às Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) e Unidades Básicas de Saúde da Família. Uma recepcionista da UPA do bairro Pajuçara, que não quis se identificar, falou que o local estava mais cheio ontem que o normal.  A diretora da Unidade Básica de Saúde da Família do bairro Potengi, Deyse Morais, confirmou a chegada de bebês no local e que não tem problema de material. “Não faltam vacina, curativo e sorologia, mas que o teste do pezinho se faz apenas nas quarta-feiras a tarde”, disse.  

Sobre o funcionamento dos leitos de  UTI do Santa Catarina, que não foram desativados até o momento - a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) deu um prazo de 72h contados a partir da última sexta-feira (02) para que os gestores do hospital organizassem uma escala - o médico intensivista Sebastião Paulino ficou esperando na manhã de ontem o titular da pasta Luiz Roberto Fonseca para apresentar a escala e garantir o funcionamento da UTI para os próximos dias. 

“Não deixamos de atender e receber ninguém. A escala está fechada, os médicos se dispuseram a dar as horas eventuais e ainda essa semana está para chegar uma médica plantonista”, disse ele. No momento há oito médicos para o tratamento de três leitos na UTI, mas Sebastião Paulino apontou a necessidade de mais técnicos de enfermagem, quando os 10 leitos da nova UTI, prevista para ficar pronta em um mês, forem liberados pela Sesap


via TN

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