Ontem o Brasil assistiu inerte, como se
sabe o ‘gigante adormeceu’, ao anúncio no Jornal Nacional, com toda pompa que a
ocasião merece, o placar da primeira rodada de votos dados pelos ministros do
Supremo sobre se acatam ou não os embargos infringentes na ação do mensalão.
Quatro ministros já votaram a favor da
aceitação dos embargos infringentes que significa um novo julgamento: os
novatos Roberto Barroso e Teori Zavascki, mais Rosa Weber e o companheiro Dias
Toffoli.
Tem-se como certo, como a sucessão dos
dias e noites, que Ricardo Lewandowski não só votará a favor, como puxará o
“cordão do bola murcha”.
Hoje, as vésperas de sexta feira 13 de
setembro de 2013, saberemos os demais integrantes do ‘bloco’, mas os analistas
dão como certo que a tese de novo julgamento prevalecerá e que poderá até
chegar aos sete votos (uma goleada na decência).
A trilha sonora para o "Halloween dos
togados" já foi
selecionada pelo DJ Zoião, um requintado frequentador da Alta Roda Fluminense e
que tem como marca registrada um estranho adereço que usa na cabeça (os
desafetos juram que é um guardanapo).
A música tema
escolhida é um clássico regional apimentado: “Na
Boquinha da Garrafa”, versão remixada, com o ‘batidão’
eletrônico para ressaltar o trecho:
“Desce mais, desce
mais um pouquinho
Desce mais, desce devagarinho”...
Desce mais, desce devagarinho”...
Para quem não conhece o “cordão do bola
murcha” é um bloco festivo formado pela fina flor dos togados e, extra
oficialmente, ‘vazou’ a informação que a diretoria já contratou, por
dispensa de licitação, um buffet que oferecerá aos comensais um cardápio
copiado do regabofe de Cid.
O placar no STF: 4 x 3 a favor dos
embargos infringentes. Lewandowski começou a votar e faz exatamente o que se esperava.
Posso adiantar: 5 x 3.
Gilmar Mendes está votando e aperta a partida: 5 x 4.
Gilmar Mendes está votando. Dá o quarto voto contra os infringentes. Relembra a natureza do mensalão: “Tentativa de apropriação criminosa da estrutura do estado”. Lembra que o debate sobre os infringentes é o primeiro capítulo de uma tentativa de rever as penas de quadrilha. Refere-se a mensaleiros como “grupo de delinquentes, que degradou a atividade política, transformando-a em plataforma de atividades criminosas”. Para Mendes, “a formação de quadrilha foi um poderoso instrumento” para o cometimento desses crimes.
Por Reinaldo Azevedo
VOTO DE MARCO AURÉLIO É “NÃO”: 5 A 5
Não há mais dúvida: Marco Aurélio faz um duro voto contra a aceitação dos embargos infringentes.
Por Reinaldo Azevedo
Terminou 5 a 5 e a decisão ficou para o voto de desempate de Celso de Melo.
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