quinta-feira, 12 de setembro de 2013

o Halloween dos togados

Ontem o Brasil assistiu inerte, como se sabe o ‘gigante adormeceu’, ao anúncio no Jornal Nacional, com toda pompa que a ocasião merece, o placar da primeira rodada de votos dados pelos ministros do Supremo sobre se acatam ou não os embargos infringentes na ação do mensalão.

Quatro ministros já votaram a favor da aceitação dos embargos infringentes que significa um novo julgamento: os novatos Roberto Barroso e Teori Zavascki, mais Rosa Weber e o companheiro Dias Toffoli.

Tem-se como certo, como a sucessão dos dias e noites, que Ricardo Lewandowski não só votará a favor, como puxará o “cordão do bola murcha”.

Hoje, as vésperas de sexta feira 13 de setembro de 2013, saberemos os demais integrantes do ‘bloco’, mas os analistas dão como certo que a tese de novo julgamento prevalecerá e que poderá até chegar aos sete votos (uma goleada na decência).

A trilha sonora para o "Halloween dos togados" já foi selecionada pelo DJ Zoião, um requintado frequentador da Alta Roda Fluminense e que tem como marca registrada um estranho adereço que usa na cabeça (os desafetos juram que é um guardanapo).

A música tema escolhida é um clássico regional apimentado: “Na Boquinha da Garrafa”, versão remixada, com o ‘batidão’ eletrônico para ressaltar o trecho:

“Desce mais, desce mais um pouquinho 
Desce mais, desce devagarinho”...

Para quem não conhece o “cordão do bola murcha” é um bloco festivo formado pela fina flor dos togados e, extra oficialmente, ‘vazou’ a informação que a diretoria  já contratou, por dispensa de licitação, um buffet que oferecerá aos comensais um cardápio copiado do regabofe de Cid.

O placar no STF: 4 x 3 a favor dos embargos infringentes. Lewandowski começou a votar e faz exatamente o que se esperava.


Posso adiantar: 5 x 3.

Gilmar Mendes está votando e aperta a partida: 5 x 4.

Gilmar Mendes está votando. Dá o quarto voto contra os infringentes. Relembra a natureza do mensalão: “Tentativa de apropriação criminosa da estrutura do estado”. Lembra que o debate sobre os infringentes é o primeiro capítulo de uma tentativa de rever as penas de quadrilha. Refere-se a mensaleiros como “grupo de delinquentes, que degradou a atividade política, transformando-a em plataforma de atividades criminosas”. Para Mendes, “a formação de quadrilha foi um poderoso instrumento” para o cometimento desses crimes.
Por Reinaldo Azevedo


VOTO DE MARCO AURÉLIO É “NÃO”: 5 A 5

Não há mais dúvida: Marco Aurélio faz um duro voto contra a aceitação dos embargos infringentes.
Por Reinaldo Azevedo

Terminou 5 a 5 e a decisão ficou para o voto de desempate de Celso de Melo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário