Se as projeções de analistas do mercado se confirmarem, o pico do IPCA se dará em setembro, próximo de 6,4%.
São Paulo - As projeções mensais para o Índice Nacional de Preços ao Amplo (IPCA) ao longo de 2014, que constam da última pesquisa Focus, feita pelo Banco Central com analistas de mercado, indicam que a inflação vai continuar em alta e voltará a beirar o teto da margem de tolerância (6,5%) no segundo semestre.
No auge da disputa eleitoral, portanto, é possível que a economia viva momento semelhante ao de junho do ano passado, quando manifestações tomaram as ruas do País em meio ao reajuste das tarifas de transporte, mas com a inflação em 6,7% corroendo o poder de compra da população.
Se essas projeções se confirmarem, o pico do IPCA se daria em setembro, próximo de 6,4%. Vale ponderar, no entanto, que essas análises devem ser revisadas já na segunda-feira, dada a surpresa com o dado de dezembro, que veio acima do teto das estimativas coletadas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado (entre 5,73% e 5,88%).
Há possibilidade, portanto, de que a alta de preços volte até a superar o limite da banda de flutuação bem no meio das eleições - mesmo descartando novos choques de preços, como uma eventual quebra de safra pelo frio nos EUA.
Exame.com
A inflação de 2013 ficou dentro da margem de variação (5,91%), mas bem acima do centro da meta (4,5%, com variação de 2% para mais ou menos) e um pouco superior a de 2012.
A extrapolação do teto ao longo do ano pode ser causada por um conjunto de fatores: alta nos preços dos serviços, valorização do dólar, frouxidão na condução da política fiscal, necessidade de realinhamento dos preços administrados, etc.
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