A seguir apresento alguns aspectos referentes a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA):
ANEXO
DAS METAS FISCAIS - LDO
As
receitas e despesas previstas para o nosso município, durante os dois próximos
anos, atingirão os seguintes números:
Discriminação
|
2011
|
2012
|
2013
|
2014
|
2015
|
Receitas
|
12.392.808,73
|
14.652.653,96
|
22.450.038,91
|
33.736.800,00
|
34.847.000,00
|
Totais
|
|||||
Dedução do
|
1.341.331,51
|
1.404.008,75
|
1.495.000,00
|
1.918.300,00
|
2.000.000,00
|
Fundef
|
|||||
Receitas
|
11.051.477,22
|
13.248.645,21
|
20.955.038,91
|
31.818.500,00
|
32.847.000,00
|
Líquidas
|
|||||
Despesas
|
9.751.091,28
|
13.256.961,43
|
20.955.038,91
|
31.718.500,00
|
32.647.000,00
|
Totais
|
A LDO estimou a Receita para 2014 em R$ 33.736.800,00 e o Orçamento estabeleceu em R$ 31.150.000,00.
Uma
diferença de R$ 2.600.000,00. O que
produziu tal mudança?
As duas leis foram sancionadas pelo prefeito no mesmo dia: 23-12-2013.
A
secretaria de educação recebeu um Orçamento de R$ 7.872.500,00;
E a secretaria de saúde recebeu um Orçamento de R$ 9.249.500,00;
Reconhecidamente,
orçamentos significativos e que permitem, tranquilamente, no caso da educação, o
pagamento do Piso Salarial e ainda a quitação dos atrasados.
Outro trecho da LDO:
"ANEXO VIII - ANEXO DOS RISCOS
FISCAIS
Este
estudo na LDO não está resumido à previsão de gastos e receitas compatíveis
entre si, estendendo-se ao exercício da identificação dos principais riscos a
que as contas públicas estão sujeitas quando da elaboração orçamentária.
Com
as principais receitas, o FPM e o ICMS, que foram projetadas a partir de
indicadores relacionados com o crescimento econômico nacional e estadual,
respectivamente, já que esses valores advêm dos governos federal e estadual, é
evidente que a não confirmação desses indicadores significará um desvio do
equilíbrio das contas públicas.
No
que se refere às situações que podem causar ganhos ou perdas de receitas,
podemos destacar aquelas:
a)
a reforma tributária, que trará ganho real nas receitas municipais. Além dessa
reforma teremos o repasse integral do ICMS, conforme Lei Estadual aprovada
neste sentido, o que representará algo em torno de 25% da receita geral dessa
fonte,
b)
a tendência, a partir deste momento, é pela manutenção das taxas anuais de
juros, que atualmente atingem o patamar de 12,0% a.a., provocando
desaquecimento na atividade econômica, e consequentemente, gerando menores
arrecadações,
c)
diminuição da variação cambial, que atualmente fixa o dólar em R$ 1,98,
acarretando a redução nos preços de importados e derivados de petróleo,
influenciando de forma negativa na segunda arrecadação local, o ICMS,
d)
possíveis campanhas visando o incremento na arrecadação do IPTU,
e)
o surgimento de passivos contingentes, que se trata de dívidas cuja existência
depende de fatores imprevisíveis, como a de processos judiciais que envolvem o
município.
Destacamos os precatórios trabalhistas e ao INSS."
A prefeitura colocou na LDO a predisposição de realizar a reforma do Código Tributário Municipal. Ou seja, vem novos aumentos de impostos em 2014.
Taxa de juros de 12% ao ano? A taxa básica subiu, em 15 de janeiro, para 10,5% e durante o mês de dezembro foi de 10%.
Outra coisa, salvo melhor juízo, o Dólar variou sempre acima de R$ 2,25 durante o mês de dezembro. Atualmente, o Dólar está cotado em R$ 2,34. Além disso, a Petrobrás é a responsável pela importação dos combustíveis e não tem repassado as oscilações dos preços do mercado internacional para o mercado interno, então, qual a influência sobre o ICMS?
Tem mais: como o prognóstico econômico existente na Lei considera uma perspectiva significativa de desaquecimento da atividade econômica para 2014, então, porque o Orçamento de 2014 cresceu tanto em relação ao ano de 2013?
Partindo-se de análise tão inconsistente, aumentam-se as chances de equívocos.
Sugestão: no concurso público coloque vagas para economistas. Tais profissionais ajudarão na elaboração das leis orçamentárias, projetos, otimização dos recursos, avaliação de políticas públicas...
Leiam mais:
Veja, abaixo, algumas das principais funções de um Economista dentro de uma prefeitura:
1- Estudos e análises das políticas públicas
Estudos, Análises, Implementação e Acompanhamento das Políticas Governamentais. Promover a capacidade de formulação, implementação, controle e avaliação das políticas públicas.
Estudos, Análises, Implementação e Acompanhamento das Políticas Governamentais. Promover a capacidade de formulação, implementação, controle e avaliação das políticas públicas.
2- Planejamento e políticas regionais
Definição estratégica das Políticas Públicas, no tempo e no espaço, visando à justiça social dos recursos orçamentários.
Definição estratégica das Políticas Públicas, no tempo e no espaço, visando à justiça social dos recursos orçamentários.
3- Planejamento Estratégico de Curto e Longo Prazos
Identificar e levantar dados e parâmetros mercadológicos, oportunidades e riscos, custos e rentabilidade, definir ações e metodologias estratégicas e avaliar seus impactos sociais e ambientais, definir as fontes de recursos, programar a execução no tempo e no espaço.
Identificar e levantar dados e parâmetros mercadológicos, oportunidades e riscos, custos e rentabilidade, definir ações e metodologias estratégicas e avaliar seus impactos sociais e ambientais, definir as fontes de recursos, programar a execução no tempo e no espaço.
4- Estudo e Análise para Elaboração do Orçamento Público, do Plano Plurianual e avaliação de seus resultados
É fundamental a participação efetiva do Economista na elaboração das Peças Orçamentárias, de cada unidade orçamentária, de cada Secretaria da Prefeitura, bem como na sua Consolidação, até a aprovação pelo Legislativo, assim como na elaboração do Plano Plurianual - PPA e, finalmente, na avaliação dos resultados, por ocasião da Execução Orçamentária.
É fundamental a participação efetiva do Economista na elaboração das Peças Orçamentárias, de cada unidade orçamentária, de cada Secretaria da Prefeitura, bem como na sua Consolidação, até a aprovação pelo Legislativo, assim como na elaboração do Plano Plurianual - PPA e, finalmente, na avaliação dos resultados, por ocasião da Execução Orçamentária.
5- Orientação e Programação financeira Pública (Receita e Despesa) - Fluxo de Caixa do Governo
Considerando que a arrecadação municipal tem efeitos sazonais, havendo concentração em certos períodos de Exercício Fiscal, e para evitar recorrer ao financiamento dos gastos públicos pagando altas taxas de juros em momentos de baixa arrecadação, ou de proceder à aplicação do excedente de arrecadação a baixas taxas de juros em momentos de alta arrecadação, é importante conciliar Receita e Despesa no tempo e no espaço, elaborando um Cronograma Físico-Financeiro das Entradas e Saídas de Caixa, ou seja, um Fluxo de Caixa do Governo Municipal.
Considerando que a arrecadação municipal tem efeitos sazonais, havendo concentração em certos períodos de Exercício Fiscal, e para evitar recorrer ao financiamento dos gastos públicos pagando altas taxas de juros em momentos de baixa arrecadação, ou de proceder à aplicação do excedente de arrecadação a baixas taxas de juros em momentos de alta arrecadação, é importante conciliar Receita e Despesa no tempo e no espaço, elaborando um Cronograma Físico-Financeiro das Entradas e Saídas de Caixa, ou seja, um Fluxo de Caixa do Governo Municipal.
6- Consultoria e Assessoria Econômico-financeira em Setor Público
De forma permanente o Economista deve orientar e assessorar os gestores públicos em cada setor da Administração Municipal, sempre que envolva interesse econômico-financeiro no campo político, fiscal, social e ambiental.
De forma permanente o Economista deve orientar e assessorar os gestores públicos em cada setor da Administração Municipal, sempre que envolva interesse econômico-financeiro no campo político, fiscal, social e ambiental.
7- Regulação de Serviços Públicos e Defesa da Livre Concorrência
Tendo em vista que na administração pública nada pode ser feito senão em virtude da lei, os serviços públicos municipais, respeitando a livre concorrência, deverão estar previstos e regulamentados em Lei Municipal.
Tendo em vista que na administração pública nada pode ser feito senão em virtude da lei, os serviços públicos municipais, respeitando a livre concorrência, deverão estar previstos e regulamentados em Lei Municipal.
8- Planejamento, Formulação, Implementação, Acompanhamento e Avaliação Econômico-Financeira de Política Fiscal, Tributária e Finanças Públicas
O Economista tem um papel estratégico na participação dos trabalhos voltados à definição das políticas Fiscal, Tributária e Orçamentária do Município, na programação e acompanhamento de sua aplicação e na avaliação dos seus resultados, de modo a criar a cultura da otimização dos recursos públicos do município.
O Economista tem um papel estratégico na participação dos trabalhos voltados à definição das políticas Fiscal, Tributária e Orçamentária do Município, na programação e acompanhamento de sua aplicação e na avaliação dos seus resultados, de modo a criar a cultura da otimização dos recursos públicos do município.
9- Consultoria ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
É papel do Economista nos trabalhos voltados para a sustentabilidade socioeconômica-ambiental, nos termos da Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto da Cidade - que estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.
É papel do Economista nos trabalhos voltados para a sustentabilidade socioeconômica-ambiental, nos termos da Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto da Cidade - que estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.
10- Análise e Pesquisa da Conjuntura Econômica
Pesquisar e selecionar dados conjunturais, definir metodologias de análises, proceder à análise setorial e regional do ambiente político e institucional, a sustentabilidade socioeconômica e ambiental, as tendências de longo prazo, construir cenários macroeconômicos e gerenciar banco de dados.
Pesquisar e selecionar dados conjunturais, definir metodologias de análises, proceder à análise setorial e regional do ambiente político e institucional, a sustentabilidade socioeconômica e ambiental, as tendências de longo prazo, construir cenários macroeconômicos e gerenciar banco de dados.
PUBLICADO EM 20-01-2014
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