A Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) pré-agendou para o início de fevereiro uma reunião entre os industriais do estado e a empresa armadora CMA CGM, que transporta as cargas que embarcam e desembarcam no porto de Natal. A data ainda será confirmada. O objetivo da reunião é apresentar aos industriais a nova linha de navegação disponibilizada pela empresa, que passará pela capital de Trindad e Tobago, país caribenho, e interligará o Nordeste aos portos norte-americanos e asiáticos.
A linha foi lançada oficialmente na semana passada e já está disponível em outros estados há meses. A inclusão de Natal na rota, no entanto, só ocorrerá se houver demanda, explicou Júlio Coelho, gerente regional da empresa, durante o lançamento da linha. “É por isso que vamos promover essa reunião”, justificou Amaro Sales, presidente da Fiern e propositor do encontro.
Uma série de matérias divulgadas pela TRIBUNA DO NORTE mostrou que exportadores potiguares têm preferido escoar sua produção por outros estados, devido a baixa oferta de linhas de navegação no porto de Natal, e que em virtude disso, o RN só conseguiu escoar, por via marítima, 1/3 de tudo o que exportou em navios no ano passado.
Embora a CMA CGM tenha se comprometido a disponibilizar outras rotas com o surgimento de novos clientes, o presidente da Federação da Agropecuária do RN (Faern), José Vieira, observa que disponibilizar novas linhas de navegação não é suficiente para mudar o quadro.
Segundo Vieira, que representa indiretamente os fruticultores – considerados uns dos maiores exportadores do estado, é preciso construir um novo porto fora de Natal e investir em ferrovias para transportar a produção até o terminal. “Ainda não sabemos ao certo que impacto a disponibilização dessa nova linha terá no volume escoado pelo Porto de Natal”, afirmou em entrevista recente à TRIBUNA DO NORTE.
TN
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