sábado, 25 de janeiro de 2014

rn: cemitérios públicos sem espaço para novas sepulturas

Aquela historia de que “pobre não tem onde cair morto” pode ser aplicada perfeitamente na maioria dos municípios do Rio Grande do Norte.  

Da capital ao interior, a situação é crítica em praticamente todos os municípios.
Em Natal, que possui oito cemitérios públicos, em nenhum deles há espaço para se cavar sequer uma sepultura. Enterram-se os mortos, mas de forma provisória, num pedaço de terra menor que o padrão, que é de 1x30m por 2x30m. Depois de alguns anos, o cadáver precisa ser removido. Aí cabe aos familiares providenciar um novo local. “A família que possui túmulo remove para lá; quem não possui, tem que se virar como pode. Em alguns casos, as pessoas estão guardando os restos mortais dos familiares em ossuários”, disse o motorista Francisco Hélio Oliveira, que reside no bairro de Nova Natal, mas que viaja semanalmente para Mossoró e forneceu as informações à reportagem.

Ainda de acordo com suas informações, alguns dos cemitérios possuem ossuários (pequenos espaços em que se guardam ossadas humanas), mas nem todos estão regulamentados para oferecer esse serviço.
Mas, a situação mais crítica é vivenciada pelos moradores de Campo Grande, na região do Médio Oeste do RN. Com o Cemitério Público superlotado com túmulos construídos até mesmo em áreas que deveriam servir de passagem para os visitantes, o local não tem condições de receber mais nenhum sepultamento.
De acordo com denúncia feita por Cristiano Almeida em seu site www.campograndern.com.br, a falta de espaço tem feito que a única opção encontrada por alguns moradores da cidade tem sido levar o corpo de seus familiares para outros cemitérios em cidades vizinhas, como Janduís, Upanema, Caraúbas ou Triunfo Potiguar. “É uma realidade dolorosa que a população vem enfrentando há bastante tempo. Além de lidarem com a perda de um familiar, ainda existe a preocupação com o local para o sepultamento”, destaca.
Em contato com a reportagem, o prefeito Francisco das Chagas Eufrásio Vieira, “Bibi de Nenca”, disse que o terreno para a construção do novo cemitério já foi adquirido pela Prefeitura e o arquiteto que fará o projeto já foi contratado. “Em um curto espaço de tempo o projeto será apresentado e vamos iniciar o processo para o início da obra”, garantiu o prefeito.
Ampliação dos cemitérios não atende demanda
Mesmo nos municípios em que os cemitérios foram ampliados ou construídos novos cemitérios, a situação continua complicada. Em Mossoró, que possui dois cemitérios na área urbana e mais três na zona rural, a situação continua complicada.
Em municípios como Caraúbas e Patu, que há menos de 10 anos ampliaram seus cemitérios, a situação já começa a se complicar e os gestores precisam pensar na construção de novos cemitérios.
Em Mossoró, que possui dois cemitérios na área urbana e mais três na zona rural, a situação também é crítica. O cemitério São Sebastião já não suporta mais nenhuma sepultura. Como ocorre nos cemitérios de Natal, os mortos são enterrados em sepulturas provisórias, num espaço menor que o padrão. O Novo Cemitério também  já apresenta uma significativa redução dos espaços.
Por diversas vezes, tem sido cogitado na esfera dos Poderes Executivo e Legislativo a construção de um novo cemitério na zona leste da cidade. No entanto, nada de concreto ainda existe. Outra alternativa que se tem discutido é a possibilidade de construção de um cemitério pela iniciativa privada, mas que também não se concretizou.
Jornal de Fato
Em Portalegre também não tem mais espaço para novas sepulturas. Segundo apurei a prefeitura já vem tomando as providências para realizar a compra do terreno ao lado do Cemitério e assim garantir a ampliação do espaço.
A informação que recebi é que os recursos arrecadados do IPTU serão aplicados na aquisição do terreno e na realização da obra.

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