Aquela historia de que “pobre não tem onde cair morto” pode ser aplicada perfeitamente na maioria dos municípios do Rio Grande do Norte.
Da capital ao interior, a situação é crítica em praticamente todos os municípios.
Em Natal, que possui oito cemitérios públicos, em nenhum deles há espaço para se cavar sequer uma sepultura. Enterram-se os mortos, mas de forma provisória, num pedaço de terra menor que o padrão, que é de 1x30m por 2x30m. Depois de alguns anos, o cadáver precisa ser removido. Aí cabe aos familiares providenciar um novo local. “A família que possui túmulo remove para lá; quem não possui, tem que se virar como pode. Em alguns casos, as pessoas estão guardando os restos mortais dos familiares em ossuários”, disse o motorista Francisco Hélio Oliveira, que reside no bairro de Nova Natal, mas que viaja semanalmente para Mossoró e forneceu as informações à reportagem.
Ainda de acordo com suas informações, alguns dos cemitérios possuem ossuários (pequenos espaços em que se guardam ossadas humanas), mas nem todos estão regulamentados para oferecer esse serviço.
Mas, a situação mais crítica é vivenciada pelos moradores de Campo Grande, na região do Médio Oeste do RN. Com o Cemitério Público superlotado com túmulos construídos até mesmo em áreas que deveriam servir de passagem para os visitantes, o local não tem condições de receber mais nenhum sepultamento.
De acordo com denúncia feita por Cristiano Almeida em seu site www.campograndern.com.br, a falta de espaço tem feito que a única opção encontrada por alguns moradores da cidade tem sido levar o corpo de seus familiares para outros cemitérios em cidades vizinhas, como Janduís, Upanema, Caraúbas ou Triunfo Potiguar. “É uma realidade dolorosa que a população vem enfrentando há bastante tempo. Além de lidarem com a perda de um familiar, ainda existe a preocupação com o local para o sepultamento”, destaca.
Em contato com a reportagem, o prefeito Francisco das Chagas Eufrásio Vieira, “Bibi de Nenca”, disse que o terreno para a construção do novo cemitério já foi adquirido pela Prefeitura e o arquiteto que fará o projeto já foi contratado. “Em um curto espaço de tempo o projeto será apresentado e vamos iniciar o processo para o início da obra”, garantiu o prefeito.
Ampliação dos cemitérios não atende demanda
Mesmo nos municípios em que os cemitérios foram ampliados ou construídos novos cemitérios, a situação continua complicada. Em Mossoró, que possui dois cemitérios na área urbana e mais três na zona rural, a situação continua complicada.
Mesmo nos municípios em que os cemitérios foram ampliados ou construídos novos cemitérios, a situação continua complicada. Em Mossoró, que possui dois cemitérios na área urbana e mais três na zona rural, a situação continua complicada.
Em municípios como Caraúbas e Patu, que há menos de 10 anos ampliaram seus cemitérios, a situação já começa a se complicar e os gestores precisam pensar na construção de novos cemitérios.
Em Mossoró, que possui dois cemitérios na área urbana e mais três na zona rural, a situação também é crítica. O cemitério São Sebastião já não suporta mais nenhuma sepultura. Como ocorre nos cemitérios de Natal, os mortos são enterrados em sepulturas provisórias, num espaço menor que o padrão. O Novo Cemitério também já apresenta uma significativa redução dos espaços.
Por diversas vezes, tem sido cogitado na esfera dos Poderes Executivo e Legislativo a construção de um novo cemitério na zona leste da cidade. No entanto, nada de concreto ainda existe. Outra alternativa que se tem discutido é a possibilidade de construção de um cemitério pela iniciativa privada, mas que também não se concretizou.
Jornal de Fato
Em Portalegre também não tem mais espaço para novas sepulturas. Segundo apurei a prefeitura já vem tomando as providências para realizar a compra do terreno ao lado do Cemitério e assim garantir a ampliação do espaço.
A informação que recebi é que os recursos arrecadados do IPTU serão aplicados na aquisição do terreno e na realização da obra.
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